Na noite desta sexta-feira, 22, uma mesa bem representativa do movimento sindical e popular abriu os trabalhos da última etapa do evento, que debaterá e definira o Plano de Ação para os próximos quatro anos da categoria química do ABC
Realizado diante de uma das conjunturas mais desafiadoras para os trabalhadores e trabalhadoras, o 13º Congresso dos Químicos do ABC reúne mais de 200 pessoas entre delegados, delegadas, convidados e personalidades políticas e sindicais que vieram prestigiar a categoria química.
Nesses três dias, de 22 a 24 de novembro, a responsabilidade é grande: planejar as ações dos próximos quatro anos da entidade diante dos embates do presente com o governo de extrema direita e seus sucessivos ataques aos direitos trabalhistas e sociais, e os embates que estão por vir com as mudanças tecnológicas da chamada Indústria 4.0 e seus reflexos no mundo do trabalho.
A primeira etapa do 13º Congresso aconteceu com três plenárias preparatórios, uma em Santo André, outra em São Bernardo e a última em Diadema. Os participantes debateram e elaboraram propostas sobre temas como: implantação dos 13 compromissos da Chapa da direção eleita; como representar e organizar os trabalhadores e como financiar a luta dos trabalhadores.
Nesta segunda etapa, os delegados e delegadas participarão de mesas temáticas sobre Conjuntura Política Nacional e Internacional, o Futuro do Trabalho e do Sindicalismo; Cidadania e Direitos Humanos. Haverá ainda o lançamento do Caderno de Formação, da RedeCom e do vídeo com o regulamento da Colônia de Férias.
Por fim, os delegados(as) debaterão e irão votar o Plano de Ação com as propostas aprovadas nas plenárias preparatórias.
Mesa de Abertura bastante especial
Além do presidente Raimundo Suzart, a mesa que iniciou os trabalhos do 13º Congresso foi composta pelo diretor Aparecido Donizeti da Silva, representando a direção da CUT; João Cayres, secretário-geral da CUT-SP; o presidente da Fetquim/CUT, Aírton Cano; a diretora Lucimar Rodrigues, representando a presidenta da CNQ-CUT, Lucineide Varjão; o companheiro Saúl Mendez, presidente do Comitê Regional para América Latina e Caribe da ICM (Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira); o deputado estadual Teonilio Barba; Neia Bueno Marianno, coordenadora do Projeto dos Meninos e Meninas de Rua, os vereadores José Luis Ferrarezi (SBC), Orlando Vitorino (Diadema) e a vereadora Ana Nice (SBC); o companheiro Danilo Pereira da Silva, representando a Fequimfar e a Força Sindical; Renato Zulato, da CUT-SP; Hélio Rodrigues, do Sindicato dos Químicos de São Paulo, o companheiro Tijolinho, representando a Associação dos Aposentados Químicos do ABC, e Fausto Augusto Júnior, do Dieese.
Todas as saudações destacaram os enormes desafios da classe trabalhadora. Em especial, a fala de Neia Marianno e de Saúl Mendes apontaram a necessidade da luta contra o neoliberalismo, fascismo e a necessidade de melhor distribuição de renda.
“O 13º Congresso dos Químicos do ABC acontece sob o slogan Vida, Trabalho e Democracia, as três coisas que hoje estão em risco. Eu não consigo dessassociar o movimento sindical do movimento social. A gente tem que estar junto, aproximando a classe trabalhadora com emprego da classe trabalhadora sem emprego, ir para a base e lutar para mudar esse jogo”, afirmou Neia.
“Em toda a América Latina a direita fascista avança, mas a população está indo pra luta. No Haiti são mais de 30 dias de luta, Equador, Chile, Colômbia, a reação ao golpe na Bolívia, os povos estão reagindo. A ICM recebe de braços abertos a incorporação e a filiação do Sindicato dos Químicos do ABC, poderemos compartilhar lutas fundamentais para a classe trabalhadora”, ressaltou Saúl.
O representante da CUT-SP, João Cayres (foto) abordou os ataques do governo de Bolsonaro com a MP 905 e a necessidade do movimento sindical se reiventar.
“No Brasil de Bolsonaro o trabalhador tem que escolher entre direitos ou trabalho, isso é voltar a escravidão. É disso que se trata a MP 905, o tal do Programa Verde e Amarelo. O movimento sindical vai ter que retomar suas lutas não coorporativas, ir pra rua contra a carestia, contra o aumento das tarifas públicas, ir para a periferia”, pontuou Cayres.
O presidente Raimundo agradeceu a presença dos três ex-presidentes da era cutista do Sindicato: Remigio Todeschini, Sergio Novais e Paulo Lage e saudou o primeiro presidente cutista, Agenor Narciso, que nos deixou neste ano de 2019 (foto abaixo).
Fechando a abertura, Raimundo destacou as mudanças na situal do país comparando os contextos do 12º e 13 º Congresso da categoria.
“Do nosso 12º ao 13º Congresso houve uma ruptura no Brasil, houve muita reviravolta. Isso nos faz pensar e ter mais responsabilidade com o futuro dos nossos filhos e netos. Hoje nossa esperança voltou. Lula consegue passar muita energia e disposição para a luta”.
Acompanhe abaixo o vídeo com o discurso do presidente do Sindicato, Raimundo Suzart e breve clip sobre o primeiro dia do 13º Congresso dos Químicos do ABC.
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