A proposta de redução da jornada de trabalho sem redução de salários será o eixo central da Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, marcada para o próximo dia 29 de abril.
A mobilização, organizada pela CUT e demais centrais sindicais, contrapõe um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que projeta perdas de 16% no PIB caso a escala 6×1 seja extinta. Para as entidades sindicais, a análise desconsidera a manutenção dos salários prevista na proposta em debate.
A diretora-técnica do Dieese, Adriana Marcolino, destaca que a medida pode gerar até 3 milhões de novos empregos, além de estimular o consumo e elevar a produtividade. “Estudos já mostraram que jornadas mais curtas resultam em trabalhadores mais produtivos e empresas mais eficientes”, afirma.
A Marcha integra a Jornada de Lutas do 1º de Maio, que celebra 100 anos no Brasil.
Além da jornada reduzida, a pauta inclui :
- Isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil;
- valorização do serviço público;
- regulamentação da negociação coletiva no setor público (Convenção 151 da OIT);
- igualdade salarial entre homens e mulheres;
- valorização da agricultura familiar;
- transição energética justa e
- combate ao racismo e à LGBTQIA+fobia.
A concentração será às 8h, no estacionamento do Teatro Nacional, em Brasília. Às 9h, ocorre a Plenária da Classe Trabalhadora e, às 10h30, a saída em marcha pela capital.
Ao final do ato, representantes das centrais serão recebidos pelo presidente Lula, a quem entregarão a Pauta da Classe Trabalhadora.