Em meio à crescente onda de violência de gênero no estado de São Paulo, mulheres vão às ruas no enfrentamento pela igualdade de direitos, em mais um 8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres.
Na capital, a Avenida Paulista será palco das manifestações no sábado, dia 8, que reúnem movimentos, grupos políticos e sociedade civil.
A CUT São Paulo fortalecerá o ato e terá um ponto de concentração em frente ao Banco Central (endereço: Avenida Paulista, 1804), às 13h.
O ato unificado começará às 14h, em frente ao Masp, e tem como bandeiras: “Pela vida das Mulheres! Por democracia! Contra a fome, pela legalização do aborto, salário digno, fim da escala 6×1 e o fim da violência policial! Contra o fascismo e o racismo!”.
O mote da CUT-SP neste ano será “Ainda estamos aqui: Mulheres na Luta por Igualdade de Direitos, Trabalho Decente, Fim da Escala 6×1, Justiça Reprodutiva e Climática, Sem Anistia para Golpistas!”.
“Vivemos um momento crítico aqui no estado, em que ao mesmo tempo em que há o aumento de casos de feminicídio, vemos o desmonte de políticas públicas para as mulheres com o congelamento de verbas para a Secretaria Estadual que trata sobre o tema. É um descaso e precisamos pautar isso nas ruas”, reflete a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana.
Os dados de 2024 demonstram o cenário de escalada da violência contra a mulher: foram registradas 250 ocorrências de feminicídio no ano, o que representou cerca de um caso a cada 1,4 dias. O total é 13% mais alto do que os dados de 2023 (221 ocorrências) e é o maior já registrado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
“É fundamental a mobilização de todos e todas no enfrentamento às desigualdades enfrentadas pelas mulheres. É uma luta de toda a sociedade e a CUT marca presença em mais um ato para fortalecer as pautas fundamentais da mulher trabalhadora”, afirma o presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart.
Bandeiras de luta que nortearão a manifestação:
- Fim da escala 6X1 – Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salário
- Salário Igual para trabalho Igual
- Ratificação da Convenção 190 da OIT (que busca Eliminar Violência e Assédio no Mundo do Trabalho)
- Liberdade, igualdade e autonomia das mulheres
- Em defesa da democracia, sem anistia para golpistas
- Combate ao racismo e toda forma de discriminação às mulheres
- Em defesa do trabalho decente e emprego com garantia dos direitos e conquistas
- Ampliação da Licença-Maternidade para 6 meses
- Justiça Climática e Reprodutiva
- Política de Cuidado
- Saúde da Mulher
- Fim das privatizações e terceirizações
- Inclusão e Políticas às Mães Atípicas
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