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Copa no Brasil: gol do povo brasileiro

17/04/2014 às 19h19

Confira artigo do presidente Paulo Lage sobre a Copa e os trabalhadores

A Copa veio para o Brasil porque o povo brasileiro elegeu um presidente que soube tirar o país de uma crise que parecia infinita e que se caracterizava por inflação alta, crescimento baixo, desemprego elevado, Estado fraco, imensa desigualdade social, autoestima baixíssima. Até então éramos guiados pelos Estados Unidos e gerenciados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) dava ordem aos nossos ministros. De bom, para o resto do mundo, só tínhamos futebol e “mulatas”.

Com Lula presidente, o país cresceu com inclusão social e diminuição da desigualdade, o Estado recuperou sua capacidade de planejamento e nossas políticas públicas, além de premiadas, se tornaram objeto de interesse em diversos países. Deixamos de ser motivo de piada e desdém e passamos a influenciar as decisões globais, representados agora por uma mulher: Dilma Rousseff, a primeira presidenta da República.

Lula trouxe a Copa para o Brasil e os brasileiros. Com outra jogada de craque trouxe também os Jogos Olímpicos, deixando para trás os EUA de Obama, a Espanha e o Japão, além de empresas desses países que perderam contratos milionários para empresas brasileiras. Nossa paixão pelo futebol, nossa alegria e nossa capacidade de dar a volta por cima dos nossos problemas, foram os principais motivos dessas vitórias.

Gol do povo brasileiro. Ganhamos a Copa, as Olimpíadas e os investimentos e empregos por elas gerados: 25,6 bilhões de reais, sendo 17,6 em infraestrutura e oito em arenas esportivas, que geraram cerca de 710 mil empregos permanentes e temporários. Apenas na construção e reforma de estádios os ganhos salariais foram muito acima da inflação segundo o DIEESE, deixando um legado de trabalho decente no setor.

Por isso, continuamos em campo por novas vitórias e títulos: no futebol, na política, na cidadania, no emprego e na relação de trabalho, na igualdade de oportunidades para jovens, mulheres e negros, e sobretudo, contra o preconceito e a desinformação.

Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC