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Democracia e participação militante, por Paulo Lage

31/07/2009 às 18h25

A primeira sensação que me ocorre sobre os resultados do 10º Congresso do nosso Sindicato, é aquela do dever cumprido, de haver ajudado a estabelecer – com ampla participação da categoria e da militância – uma plataforma de ação para o sindicato desde os locais de trabalho até o âmbito internacional.

Para fazer isso, existiu a vontade política e a determinação de uma direção sindical que acabou de ser eleita com amplo apoio da categoria, em chapa única do campo da CUT, a maior e mais combativa central sindical do País e a 5ª maior do mundo.

Existiu também o espírito democrático e o compromisso com os interesses imediatos da categoria por melhores condições de trabalho e com a luta histórica da classe trabalhadora pela igualdade de oportunidades para todos e todas e pelo socialismo.As resoluções que aprovamos na 3ª e última Etapa dos mais de 60 dias de Congresso, apontam para o fortalecimento da organização no local de trabalho, para o estreitamento da relação da direção do Sindicato com a militância organizada nas Comissões de Fábrica, SUR/CIPA e outras formas de representação.

Apontam também para a necessidade de melhorarmos a comunicação e a formação sindical, com vistas a melhor compreendermos os desafios da globalização e as novas formas de exploração e dominação do capital sobre o trabalho.

Afinal, a intensificação do trabalho por meio da polivalência das funções, a jornada de 44 horas e o trabalho compatível que obriga acidentados e doentes ao sacrifício, combinados com a alta rotatividade que reduz salários e rebaixa funções, constituem uma forma renovada de aumento da produtividade que não se reflete em aumento de salários ou de participação nos lucros e resultados.

As empresas continuam cada vez mais ricas e pouco melhora as condições de vida dos trabalhadores/as.Os avanços e as conquistas do governo Lula no campo econômico e social – com aumento do emprego e a redução das desigualdades – somente se concretizarão para as gerações futuras se formos capazes de manter e ampliar a nossa organização, nossa capacidade de negociação e de mobilização para influenciar as políticas públicas e os processos decisórios sobre os destinos das nossas cidades, do nosso Estado e do nosso País.

Paulo Lage

Presidente do Sindicato dos Químicos do ABC 

Sindicato dos Químicos do ABC
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