Observar protocolos rígidos de prevenção e vacinar com todas as doses necessárias adultos e crianças são ações fundamentais para evitar mortes
O número de contaminados pela nova variante ômicron do coronavírus vem crescendo assustadoramente em todo o mundo. No Brasil, soma-se a isso o surto da gripe H3N2, o que reflete no chão de fábrica. Essa situação só reforça a necessidade a vacinação completa para todos os trabalhadores e trabalhadoras, indistintamente, assim como a imunização das crianças nas famílias.
A Fetquim (federação que representa a categoria química em âmbito estadual de São Paulo) alerta que vários sindicatos filiados informaram sobre a onda de gripe neste início do ano resultando em vários trabalhadores afastados devido à gripe e ou pela suspeita de Covid. Isso está sobrecarregando diversos trabalhadores, que precisam fazer hora extras para cobrir as ausências.
A assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim estima que haverá mais de 3 milhões de afastamentos do trabalho pela onda de gripe e Covid até meados de março .
O neurocientista Miguel Nicolelis recentemente afirmou, pelo baixo índice de testagem e falta de dados confiáveis do Governo Federal, a proliferação dessa onda de gripe e Covid poderá ser incontrolável, portanto as medidas de proteção e protocolo precisam ser reforçadas nos ambientes de trabalho, com atenção também aos terceirizados.
Protocolos de prevenção à Covid
“O momento exige uma observação rígida de todos os protocolos de prevenção ao contágio. Todos devem usar máscaras adequadas, cirúrgica e a PFF2/N95, transporte adequado sem aglomeração no trajeto casa – trabalho – casa e testes suficientes para testagem rápida dos trabalhadores e trabalhadoras”, aponta o secretário de Saúde do Sindicato, Paulo Sérgio Lima.
“A vacinação completa de todos, inclusive das crianças, também é fundamental para evitar mais mortes. Fique atento, vacine-se com as três doses e leve seus filhos para imunizarem-se também”, acrescenta.
O desafio para os sindicatos da categoria é avançar para que o acordo feito com o setor farmacêutico para que todos sejam vacinados se estenda a todo o setor químico.
“Frente a essa nova onda de gripe e Covid é preciso ficar atento aos trabalhadores que estão sendo sobrecarregados nas fábricas devido aos afastamentos, em especial aos jovens em estágio e aos terceirizados dentro das fábricas. Suspender por hora a volta às fábricas do pessoal que ficou em trabalho remoto também é necessário. Devemos continuar nosso embate contra esse governo negacionista e que despreza a saúde dos trabalhadores, e exigir o cumprimento de nossos direitos sociais e de saúde do trabalhador assinados com a patronal na última Campanha Salarial”, reforça Airton Cano, coordenador da Fetquim-CUT.
Com informações da Fetquim-SP e do Instituto Butantan