Contra o golpe e o Ajuste Fiscal que penaliza o trabalhador e a trabalhadora
Trabalhadores mobilizados em defesa da democracia, da liberdade e por direitos tomaram as ruas de pelo menos 31 cidades em todo o país nesta quinta-feira, 20 de agosto. Mais de 30 organizações sociais passaram por cima das diferenças políticas e se uniram em manifestações contra o golpe, pela democracia e em protesto à pauta conservadora do Congresso Nacional que quer liberar a terceirização, reduzir a maioridade penal, criminalizar as lideranças e os movimentos sociais; tirar o pré-sal do povo brasileiro etc. Não foram poucos os cartazes e couros pedindo a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara.
“O símbolo dessa marcha é a resistência. Só assim que a gente vai conseguir superar a tentativa de golpe que o pessoal da direita está tentando. Esse é o primeiro recado que os petroleiros vieram dar. O outro é para o Congresso, principalmente o Senado, onde tem um projeto de lei do José Serra (PSDB-SP), que quer tirar o pré-sal do povo brasileiro para entregar às multinacionais. Queremos que os parlamentares saibam que estaremos aqui e no Congresso em defesa da Petrobras, de democracia e contra qualquer atitude golpista”, pontuou o secretário-geral da CNQ e membro da direção do Sindipetro-SP, Itamar Sanches, à reportagem da CUT-SP.
Contra o golpe e o Ajuste Fiscal que penaliza o trabalhador
“Hoje, encerramos o terceiro turno e voltamos a pensar no Brasil, buscando um entendimento nacional que propicie um desenvolvimento com distribuição de renda”, afirmou Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, no ato na capital paulista. “Esperamos que o ajuste fiscal não seja uma política de governo. Precisamos mudar essa política econômica do País, os ricos que devem pagar a conta, as grandes fortunas precisam ser taxadas, o trabalhador não pode seguir pagando a conta dessa crise política fabricada”, defendeu Vagner.
No mesmo ato, o coordenador do MST, João Paulo Rodrigues, também manifestou a sensação de que “o golpe ficou no passado”: “Não há mais espaço para se reivindicar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O que essas milhares de pessoas devem fazer, daqui pra frente, é disputar esse governo e puxar ele para a esquerda, porque isso ainda não temos garantias de que a presidenta fará”.