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Brasil não pode esperar outubro do ano que vem para tirar Bolsonaro do poder

22/09/2021 às 15h03

Discurso vergonhoso e mentiroso de Bolsonaro na ONU é mais um entre centenas de motivos para a população ir às ruas contra o presidente no dia 2 de outubro, diz secretário de Administração e Finanças da CUT

A fala do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), na Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21) reforça a urgência em ocupar as ruas em todo o Brasil, no dia 2 de outubro para exigir o fim do governo. Entre os inúmeros motivos para o impeachment, o discurso mentiroso de Bolsonaro coloca o país em uma situação de vergonha mundial por ter o pior presidente de todos os tempos.

Aos líderes mundiais, o presidente mentiu descaradamente sobre os combates à pandemia, aos incêndios florestais e à crise econômica do país, com grande repercussão na imprensa internacional e nacional, que apontaram as suas falsas informações.

“Por suas mentiras, que estão levando o Brasil a atravessar um momento de deterioração nas suas questões políticas e econômicas, temos motivos suficientes para retirar Bolsonaro da presidência da República”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo.

As manifestações que  já estão sendo organizadas pela CUT, demais centrais e Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, devem ocorrer em todos os estados brasileiros, a exemplo de protestos anteriores realizados desde maio deste ano e que já levaram milhões de brasileiros às ruas para deixar claro o “basta” deste governo e exigir que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) coloque em pauta um dos mais de 130 pedidos de impeachment já protocolados na casa.

 

Reprovação recorde: 53% dos brasileiros avaliam Bolsonaro como ruim ou péssimo

 

O desemprego, a precarização do trabalho, a disparada dos preços dos alimentos, do gás de cozinha, dos combustíveis e das contas de luz derrubaram a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) e 53% dos brasileiros avaliam Bolsonaro como ruim ou péssimo, segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (17), no jornal Folha de S. Paulo.

Outros 22% avaliam o presidente como bom ou ótimo e 24% regular.

A reprovação é maior entre os mais pobres e subiu  até entre os evangélicos, seu eleitorado mais fiel até agora, segundo a pesquisa Datafolha realizada depois dos atos pró-Bolsonaro do dia 7 de Setembro.

 

Confira alguns números da pesquisa

 

. 60% dos assalariados sem registro, os chamados uberizados, trabalhadores sem direito a nada,  avaliam o governo de Bolsonaro como ruim ou péssimo. Outros 17% dizem que governo é ótimo ou bom;

. 56% dos que ganham até 2 salários-mínimos acham Bolsonaro ruim ou péssimo;

. Entre quem ganha de 5 a 10 salários-mínimos, a rejeição aumentou de 41% para 50%, de julho para cá;

. 61% dos que têm curso superior também reprovam o presidente;

. No segmento evangélico a reprovação ao presidente já subiu 11 pontos desde janeiro e hoje está em 41% contra 34% da rodada anterior;

. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a reprovação subiu de 45% para 51%;

. Até nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde costuma ter mais apoio, a rejeição subiu rejeição subiu de 41% para 48%.

 

Só ricos e empresários acham governo bom

 

Entre os mais ricos, a reprovação do presidente  caiu de julho para cá, de 58% para 46% e 36% o consideram ótimo e bom.

O Sul segue avaliando Bolsonaro melhor do que outras regiões: 28% dos ouvidos o aprovam.

Já entre os empresários entrevistados, Bolsonaro, o presidente que mais atacou direitos da classe trabalhadora, tem 47% de aprovação.

 

A pesquisa feita pelo Datafolha foi realizada nos dia 13 a 15 de setembro. Foram entrevistados 3.667 eleitores de forma presencial em 190 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Fonte: CUT