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Com pauta aprovada, trabalhadores(as) químicos iniciam Campanha Salarial 2015

18/09/2015 às 20h20

Reposição da inflação é direito, acima disso será a nossa capacidade de mobilização que irá conquistar ? ressalta presidente do Sindicato, Raimundo Suzart

Em assembleia realizada na noite desta sexta-feira, 18 de setembro, os trabalhadores e trabalhadoras do setor químico do ABC aprovaram a pauta de reivindicações, iniciando a Campanha Salarial 2015.

A Campanha deste ano começa em um cenário bem complicado para a nossa categoria, com grande redução de postos de trabalho em pouco espaço de tempo. “É assustador falar que em menos de um ano perdemos na região do Grande ABC cerca de 2500 postos de trabalho. Há um ano, em setembro de 2014, éramos 40 mil trabalhadores, hoje somos 37.500”, pontuou o presidente do Sindicato, Raimundo Suzart aos presentes.

Sem luta, haverá demissão sim!

Contudo, para Raimundo, a situação de crise não pode significar um arrefecimento da luta dos trabalhadores e trabalhadoras. “Quando tem lucro, é do capital, quando tem crise, a gente é chamado a pagar. Ora, não podemos aceitar demissões, temos que nos organizar e ir à luta”, disse. E também destacou: reposição da inflação é direito, acima disso será a nossa capacidade de mobilização que irá conquistar.

A pauta será entregue no próximo dia 23 de setembro ao sindicato patronal, a partir daí será definido um calendário de negociações que o Sindicato informará a toda a categoria. Este ano serão 49 cláusulas para renovação; 33 para negociação e sete novas.

A partir de agora, o Sindicato intensificará as assembleias nas portas de fábrica, chamando todos à luta em defesa do emprego e pelo atendimento das reivindicações.

Confira os principais pontos da Pauta da Campanha 2015:

– Aumento Salarial de 15% (inflação mais aumento real)

– Piso Salarial de R$ 1.700,00

– Participação de Lucros e Resultados: mínimo de R$ 1.880,00

Cláusulas novas:

1. Licença-maternidade de 180 dias

2. Cesta básica de R$ 386,00

3. Representação dos Trabalhadores no local de trabalho

4. Nanotecnologia: Princípio do Direito de Saber sobre os produtos nanocompostos que os trabalhadores manipulam ou estão expostos

5. Garantia de emprego

6. Restrição à contratação de mão de obra terceirizada

7. Representação dos trabalhadores dos municípios que aguardam inclusão no registro sindical.