José Evandro Alves da Silva encabeçou a Chapa 1, eleita com 97 % do voto e assumirá a presidência do Sindicato dos Químicos do ABC no próximo dia 27 de abril..
Nesta entrevista, José Evandro conta um pouco da sua história e como analisa a missão da diretoria que ficará à frente do Sindicato de 2023 a 2027. Acompanhe!
Nordestino de Pedra Branca, Ceará
Sindiquim: Hoje você é coordenador da Regional Diadema do Sindicato dos Químicos do ABC, você é do Grande ABC? Onde você nasceu?
José Evandro: Sou nordestino nascido na cidade de Pedra Branca, Ceará, tenho 49 anos e vim para São Paulo com 6 anos de idade em busca de busca de melhores oportunidades como vários outros nordestinos. : Chegamos em 1979 na cidade de Diadema, eu com seis anos de idade.
Sindiquim: Seu primeiro emprego foi na categoria química?
José Evandro: Meu primeiro emprego foi aos 14 anos em uma empresa plástica, que pertence a base da categoria do Sindicato. Naquele período eu não cheguei a ter nenhum contato com o Sindicato, trabalhei lá por três anos e meio.
E depois fiquei dois anos sem trabalho registrado, daí entrei numa empresa metalúrgica próxima de casa, onde trabalhei por mais três anos e meio, sai e fiquei mais dois anos trabalhando sem registro até que em 2001 entrei na antiga empresa Jovinaplast, hoje chamada JVC.
CIPA e greve na Jovinaplast
Sindiquim: Como iniciou sua trajetória no movimento sindical?
José Evandro: Em 2001 entre na antiga Jovinaplast e em 2002 participei do processo eleitoral da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
Nesse ano de 2002 fizemos uma greve na empresa e obtivemos vários benefícios com essa paralisação. Um deles foi o SUR, que é a sigla para Sistema Único de Representação, que é na verdade uma comissão de fábrica.
Sindiquim: Quando entrou na diretoria da Sindicato dos Químicos do ABC e em que ano se tornou coordenador da regional de Diadema?
José Evandro: Em 2003 me convidaram para participar da direção do Sindicato e eu aceitei. Me tornei Secretário Regional de Diadema em 2006, sucedendo o companheiro Raimundo Suzart. E agora estou assumindo a presidência do Sindicato, também sucedendo o companheiro Raimundo.
Governos Lula, golpe e governo de extrema-direita
Sindiquim: Você está assumindo a presidência no primeiro ano do terceiro governo Lula, após 4 anos da extrema direita e 6 anos pós golpe. Como avalia a situação dos trabalhadores e trabalhadoras químicas hoje?
José Evandro: Coincidentemente, eu entrei na direção do Sindicato no início do primeiro mandato do presidente Lula, em 2003, e, na minha avaliação, foi um dos melhores momentos para a classe trabalhadora neste País. Depois veio a companheira Dilma, que sofreu o golpe em 2016.
Antes de tudo, para o movimento sindical, os anos do golpe e do governo de extrema direita foram um período marcado por muitas dificuldades, sofremos vários ataques. E agora eu tenho a felicidade de assumir a presidência do Sindicato no início do terceiro mandato do Presidente Lula.
Principais desafios
Sindiquim: Quais os principais desafios que estão colocados a movimento sindical neste momento?
José Evandro: Os principais desafio são o fortalecimento do próprio movimento sindical e a valorização das negociações coletivas.
Sindiquim: E o Sindicato dos Químicos do ABC: quais projetos futuros?
José Evandro: A Chapa 1 – Democracia, resistência e Luta, uma chapa da CUT, tem vários desafios pela frente. Um deles é continuar lutando em favor da democracia no nosso país.
Outro desafio, que é prioridade nossa, é continuar lutando pelo emprego de qualidade para os trabalhadores e trabalhadoras da categoria.
Agora a gente espera cumprir essa missão e a gente agradece todo o apoio dado aos companheiros e companheiras da Chapa 1.