Dados são da pesquisa realizada pela subseção Dieese do Sindicato, baseada na RAIS 2016
No setor químico do ABC de cada 3 trabalhadores 1 é negro. Em 2016 dos 31.676 trabalhadores químicos 9.250 eram negros (29,2%), segundo dados da RAIS 2016 (Ministério do Trabalho).
Crise versus Raça
De 2010 a 2016 foram cortados 7.627 postos de trabalho químico no ABC, neste período o número de negros permaneceu estável, o número de postos ocupados por não-negros reduziu em 6.627 e o número de postos sem informação racial reduziu em 1.009.
Remuneração
Em 2016 um químico negro no ABC (homens e mulheres) recebeu em média 65,1% da remuneração média de um químico não-negro (homens e mulheres).
Remuneração por raça e sexo
No setor químico do ABC, comparando os homens não-negros com os demais a desigualdade aumenta:
• mulheres não-negras receberam em 2016 73,1% da remuneração média do homem nãonegro,
• homem negro 64,5% da remuneração média de um homem não-negro e
• mulher negra 46,1%, ou seja, menos da metade da remuneração média do homem não- negro.
Porte da Fábrica
O conjunto das fábricas com 1.000 ou mais trabalhadores é o que apresenta o maior percentual de negros, 36,7% dos trabalhadores são negros.
Devido ao elevado número de fábricas de médio porte no ABC em 2016, este conjunto de estabelecimentos concentra 37,9% dos químicos negros.
Juventude Química Negra
Quanto menor a faixa etária maior o percentual de negros. Em termos gerais, entre os jovens (até 29 anos) 32,9% são negros, enquanto que entre os nãojovens 28,0% é negro. Ocupação. Nas fábricas químicas do ABC dos 1.960 diretores, gerentes e supervisores apenas 248 eram negros em 2016, o que representa 12,7% dos vínculos. Segmentos Químicos. No ABC os segmentos com os maiores percentuais de negros são: Bélico CBC (44,8% de negros), Plástico (32,7%) e Higiene Pessoal (30,0%). Já em relação a distribuição dos trabalhadores, devido ao elevado número de estabelecimentos Plásticos de cada 2 negros 1 encontra-se neste segmento.