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CUT repudia violência em ato pela CPI da corrupção no governo tucano

16/08/2013 às 19h39

Trabalhadores(as) que sofrem diariamente com o sucateamento do transporte público não podem mais ser tratados com tanto descaso e desrespeito

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo repudia a ação da tropa de choque da Polícia Militar que, novamente, agiu de forma truculenta para reprimir as manifestações populares democráticas.

Apesar da mobilização pacífica realizada na última quarta (14) em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na qual militantes dos movimentos sociais, da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo (CMP) e de sindicatos cutistas cobravam abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o escândalo de corrupção no governo estadual do PSDB, a PM iniciou o tumulto.

A reação foi totalmente desproporcional, com uso de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha – estas que, aliás, tiveram uso proibido nas recentes manifestações públicas, como se comprometeu o governador Geraldo Alckmin no último dia 17 de junho. Um aparato desnecessário, que resultou em várias pessoas feridas.

A CUT São Paulo repudia também a atitude da base governista de Alckmin, que impediu o acesso aos plenários da Alesp de grande parte dos manifestantes, justamente no dia em que os trabalhadores e trabalhadoras, cansados dos desvios de verba pública e da falta de investimentos em transporte de qualidade, exigiam investigação de tão graves denúncias.

A democracia e a Constituição federal, conquistados arduamente em nosso país, foram rasgadas, foram feridas, assim como aqueles que se manifestavam pacificamente pelo fim da corrupção no governo estadual paulista.

A CUT São Paulo exige sindicância para apuração dos abusos e punição dos responsáveis pela violência, bem como a abertura da CPI para investigar as denúncias de irregularidades cometidas há 20 anos pelos governos do PSDB em nosso estado.

É fundamental esclarecer as denúncias de pagamento de propina, superfaturamento em licitações e formação de cartel, com contratos assinados pelos governos tucanos que somam R$ 30 bilhões nessas duas décadas.

Os trabalhadores e trabalhadoras, que diariamente enfrentam a superlotação, o sucateamento e a má qualidade do transporte público, não podem mais ser tratados com tanto descaso e desrespeito.

Fonte: CUT-SP

Confira aqui as fotos do ato na ALESP