Neste 1º de Maio, CUT reafirma a luta em defesa da agenda da classe trabalhadora e pela democratização dos meios de comunicação
O reajuste da tabela do IR e a afirmação da política de valorização do salário mínimo, anunciadas pela Presidenta Dilma nesta quarta-feira, 30 de abril, são vitórias da luta pela pauta da classe trabalhadora, marcada pela grande manifestação do dia 9 de abril, na 8ª Marcha, organizada pela CUT e demais centrais sindicais.
Os trabalhadores e trabalhadoras têm muito a comemorar, mas muito ainda a reivindicar. Por isso, as manifestações que a CUT promoverá em todo o país neste 1º de Maio terão como tema central “Fortalecer a Democracia e Ampliar Conquistas”, retomando a agenda da 8ª Marcha.
Após o anúncio da presidenta contemplando as bandeiras da manutenção da política de valorização do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda, as prioridades passam a ser a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a negociação no setor público.
Para todos os pontos da pauta da classe trabalhadora há projetos de lei ou Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que aguardam parecer do Congresso. Caso da redução da jornada, cuja PEC 231/1995, do deputado Inácio Arruda (PCdoB-CE), está pronta para votação. Sobre o mesmo tema, tramita na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) o PL 4653/1994, do então deputado Paulo Paim (PT-RS).
Comunicação
O presidente nacional da CUT Vagner Freitas destaca também a importância da CUT lutar pela democratização dos meios de comunicação, tema presente em muitas manifestações e bandeira central na mobilização de São Paulo.
Na maior parte das manifestações, haverá coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip), que propõe um novo marco regulatório para concessão e funcionamento das emissoras de rádio e TV.
Para o dirigente, o Brasil não será uma democracia de fato enquanto não defender a pluralidade de ideias como direito fundamental dos brasileiros.
“Ao contrário do que dizem os donos dos monopólios da comunicação, comandados por meia dúzia de famílias, o novo marco regulatório não é para trazer qualquer tipo de censura, mas sim para que outras vozes possam ser ouvidas. Hoje vivemos uma ditadura em que um reduzido grupo discute e resolve o que deve ser a opinião nacional, orientando o povo brasileiros. Queremos os meios de comunicação democráticos, com pluralidade de ideias e informações, que não atendam somente a interesses econômicos. As emissoras de rádio e TV são concessões públicas e devemos criar um debate amplo e aberto sobre quais devem ser as suas responsabilidades”, apontou.