Dados desmitificam pessimismo e mostram que há espaço para crescimento; salários na indústria seguem tendência
Escrito por: William Pedreira e Isaías Dalle – da CUT – com informações do Dieese
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou na manhã desta quinta-feira (21) o balanço das negociações coletivas no primeiro semestre de 2014. A análise dos reajustes salariais é feita pela entidade desde 2008 através do Sistema de Acompanhamento de Salários.
Pelo estudo, cerca de 93% das 340 unidades de negociação conquistaram reajustes salariais acima do INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A maioria das negociações obteve ganhos reais de até 3%. Se comparado os reajustes conquistados pelas mesmas unidades de negociação desde 2008, observa-se que apenas em 2012 a ocorrência de aumentos reais foi superior ao verificado neste ano.
Tais números desmistificam o discurso pessimista, comprovam que a economia brasileira enfrenta a crise econômica mundial com dinamismo e demonstram que se os setores produtivos tiverem ousadia, há espaço para crescimento maior.
Para o Dieese, alguns indicadores foram essenciais para o resultado positivo como a redução das taxas de inflação, a manutenção dos bons índices de emprego, sem contar o efeito catalizador de algumas importantes paralisações que, segundo a entidade, podem ter servido de estímulo para que outras categorias profissionais reivindicassem ganhos salariais maiores.
“No Brasil, o governo sabe qual deve ser o papel do Estado, e tem financiado o processo de crescimento. E parte do empresariado e da elite tem se posicionado contra isso, e não é uma oposição contra o governo, é uma oposição contra o Brasil”, comenta o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. “Os trabalhadores organizados não embarcaram nesse pessimismo e estão fazendo sua parte”, conclui.
Reajustes na indústria seguem o mesmo caminho – A análise comparativa dos reajustes salariais segundo o recorte setorial aponta resultados, em certa medida, muito parecidos. Em todos os setores analisados, o percentual de unidades de negociação com reajustes acima do INPC-IBGE foi superior a 90%.
A Indústria obteve o segundo maior percentual de reajustes acima do INPC-IBGE no período, atrás somente de 2012. Caso dos cerca de 72 mil metalúrgicos nas indústrias de motocicletas, quatro rodas, triciclos, bicicletas, ar condicionado e materiais descartáveis do Amazonas que tiveram o salário reajustado em 9,5%. É na região que se localiza o Polo Industrial de Manaus (PIM).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana, a luta agora é para garantir o mesmo índice para os trabalhadores do setor eletroeletrônico que abrange empresas como LG, Samsung, Philco, Semp, Philips.
Perspectiva para o segundo semestre – de acordo com o Dieese, as negociações do segundo semestre tendem a captar resultados melhores, uma vez que nesse período do ano estão concentradas as datas-base de importantes categorias profissionais brasileiras.
Para a entidade, os prognósticos devem ser feitos levando em consideração o poder de mobilização das categorias profissionais e suas estratégias de negociação, além de fatores como a inflação e o momento econômico.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou na manhã desta quinta-feira (21) o balanço das negociações coletivas no primeiro semestre de 2014. A análise dos reajustes salariais é feita pela entidade desde 2008 através do Sistema de Acompanhamento de Salários.
Pelo estudo, cerca de 93% das 340 unidades de negociação conquistaram reajustes salariais acima do INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A maioria das negociações obteve ganhos reais de até 3%. Se comparado os reajustes conquistados pelas mesmas unidades de negociação desde 2008, observa-se que apenas em 2012 a ocorrência de aumentos reais foi superior ao verificado neste ano.
Tais números desmistificam o discurso pessimista, comprovam que a economia brasileira enfrenta a crise econômica mundial com dinamismo e demonstram que se os setores produtivos tiverem ousadia, há espaço para crescimento maior.
Para o Dieese, alguns indicadores foram essenciais para o resultado positivo como a redução das taxas de inflação, a manutenção dos bons índices de emprego, sem contar o efeito catalizador de algumas importantes paralisações que, segundo a entidade, podem ter servido de estímulo para que outras categorias profissionais reivindicassem ganhos salariais maiores.
“No Brasil, o governo sabe qual deve ser o papel do Estado, e tem financiado o processo de crescimento. E parte do empresariado e da elite tem se posicionado contra isso, e não é uma oposição contra o governo, é uma oposição contra o Brasil”, comenta o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. “Os trabalhadores organizados não embarcaram nesse pessimismo e estão fazendo sua parte”, conclui.
Reajustes na indústria seguem o mesmo caminho – A análise comparativa dos reajustes salariais segundo o recorte setorial aponta resultados, em certa medida, muito parecidos. Em todos os setores analisados, o percentual de unidades de negociação com reajustes acima do INPC-IBGE foi superior a 90%.
A Indústria obteve o segundo maior percentual de reajustes acima do INPC-IBGE no período, atrás somente de 2012. Caso dos cerca de 72 mil metalúrgicos nas indústrias de motocicletas, quatro rodas, triciclos, bicicletas, ar condicionado e materiais descartáveis do Amazonas que tiveram o salário reajustado em 9,5%. É na região que se localiza o Polo Industrial de Manaus (PIM).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana, a luta agora é para garantir o mesmo índice para os trabalhadores do setor eletroeletrônico que abrange empresas como LG, Samsung, Philco, Semp, Philips.
Perspectiva para o segundo semestre – de acordo com o Dieese, as negociações do segundo semestre tendem a captar resultados melhores, uma vez que nesse período do ano estão concentradas as datas-base de importantes categorias profissionais brasileiras.
Para a entidade, os prognósticos devem ser feitos levando em consideração o poder de mobilização das categorias profissionais e suas estratégias de negociação, além de fatores como a inflação e o momento econômico.