Por Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim/CUT
“Não temos nada a comemorar”, diz o coordenador da Fetquim-CUT, Airton Cano (foto), diretor do Sindicato dos Químicos. “O endurecimento com as novas regras da Previdência deixou os trabalhadores brasileiros mais pobres com a Reforma da Previdência nestes dois anos (13/11) e o mercado “engordou” os mais ricos. Vide que toda a política neoliberal no momento quer engordar os acionistas estrangeiros , no caso da Petrobras, com o preço excessivo da gasolina e diesel e gás, aumentando a inflação e fazendo o povo e os trabalhadores penarem em vez de reforçar o papel da Petrobrás a serviço da soberania e do povo brasileiro.”
André Alves, secretário de saúde da Fetquim, afirma: “ A reforma previdenciária impõe o trabalho até a hora da morte, com mais de 40 anos de contribuição e outros trabalhadores não conseguem a contribuição mínima de 20 anos e devem se resignar a ter um benefício assistencial de 1 salário-mínimo. Isso é crueldade, por isso devemos continuar lutando pelo Fora Bolsonaro para essa maldade do atual governo não continuar”.
Paulão (foto), Secretário Geral dos Químicos do ABC, protesta e denuncia: “Essa Reforma de 2019 deixa como consequência a piora da saúde dos trabalhadores que ficam expostos mais tempo a condições insalubres e até aposentar adquirem mais doenças ou até morrem antes da aposentadoria. Pois os homens precisam esperar até os 65 anos e as mulheres até os 62 anos. Perdemos a aposentadoria especial aos 25 anos, pois precisamos esperar até os 60 anos. É a aposentadoria pela hora da morte.”
Vejam os principais retrocessos e dificuldades causadas pela Reforma e a redução da renda na aposentadoria
- Pensões por morte previdenciária (comum): caíram de 30% a 40%, em média. Agora não são mais 100%, e perdem o direito de tirar do cálculo 20% dos menores salários.
- A implantação da idade mínima: Antes da reforma a contribuição de 35anos de contribuição para homens e 30 anos para mulheres era o tempo suficiente para aposentadoria. Agora os homens precisam ter 65 anos e as mulheres 62 anos.
- Se os homens não conseguirem 20 anos mínimos de contribuição e as mulheres 15 anos, isso concentrará mais renda revertida para custear os salários mais elevados e o trabalhador que tenha contribuído por 19 anos com até 3 ou 5 salários-mínimos (SM) receberá tão somente um beneficio assistencial de 1 SM.
- Aposentadoria Especial por exposição a agentes insalubres: antes podia se aposentar com 25 anos de contribuição, agora além dessa mesma exigência precisa também ter 60 anos. Trabalhará 15 anos a mais….
- No caso da reforma e mais pandemia e desemprego: a aposentadoria ficou mais distante e haverá menor contribuição e menor valor do benefício futuro.
- A idade mínima impôs uma desigualdade brutal no gozo futuro da aposentadoria. Os pobres não têm uma expectativa de vida maior que 70 anos, portanto os homens sobrevivem mais 5 anos. As pessoas de maior renda nos bairros nobres tem expectativa superior a 80 anos, podendo viver de 15 a 20 anos a mais.
Fonte: Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim-CUT.