Presidente sanciona duas leis durante ato do 1º de Maio no Itaquerão: a que corrige a tabela do imposto de renda isentando da contribuição quem tem renda de até dois salários mínimos (R$ 2.840) e a lei que promulga o convênio e recomendação sobre o trabalho decente para trabalhadores e trabalhadoras domésticas
O presidente Lula foi, sem dúvida, a estrela mais importante do ato do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, realizado na zona leste da capital, neste 1º de Maio.
Aguardado com ansiedade pelos participantes, o presidente da República, além de sancionar duas leis que favorecem os trabalhadores, destacou os investimentos governamentais na educação, na geração de empregos e a política de concessão de crédito que prioriza o pequeno e o médio empreendedor, em especial mulheres.
Lula ainda reafirmou o seu compromisso de que até o final de seu mandato quem ganha até R$ 5 mil não pagará imposto de renda e convocou os trabalhadores e trabalhadoras para se somarem e realizaram uma grande manifestação no dia da reunião do G-20 no Brasil, agendada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
“Minha palavra continua em pé. A partir de hoje, quem ganha R$ 2.864,00 paga zero de imposto de renda e nós vamos chegar aos R$ 5 mil”, garantiu.
Mais de 2 milhões de empregos de carteira assinada
Desde que assumiu em seu terceiro mandato, foram criados mais de 2,2 milhões de empregos formais, destacou o presidente, criticando setores da economia e da imprensa que veem a geração de vagas de trabalho como fonte causadora de inflação.
“O importante é que a inflação está caindo, que a indústria voltou a investir no Brasil. O que a gente percebe é o crescimento do emprego e com carteira profissional assinada, com direito, que é o que as pessoas precisam, na verdade”.

José Evandro, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, participa do 1º de Maio, ao lado de lideranças da região
Desoneração com contrapartidas
Sobre o seu veto à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores econômicos, Lula afirmou que desoneração não garante a criação, nem a manutenção de postos de trabalho.
“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha, quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam da garantia para quem está trabalhando. Eu quero dizer, no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos, e sim para favorecer aqueles que trabalham e que vivem de salário”, declarou.
Em seu discurso, Lula também agradeceu o trabalho dos ministros que o acompanharam ao ato: Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio e vice-presidente da República), Paulo Pimenta (Comunicação), André Fufuca (Esportes), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Aniele Franco (Igualdade Racial), Cida Gonçalves (Mulheres), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República).
Ao final, o presidente reafirmou seu compromisso com o povo brasileiro: “Eu voltei mais uma vez para provar para a elite desse país que outra vez o metalúrgico vai consertar o país que eles querem estragar. Nós queremos que as pessoas melhorem de vida. Quero entregar este país respeitado no mundo inteiro e por todos os brasileiros”, concluiu.
Abaixo, você pode conferir o discurso do nosso presidente na íntegra: