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Massificar testes de coronavírus no ABC para a população e trabalhadores

17/04/2020 às 10h50

Proposta do ex-prefeito de Santo André, Carlos Grana, é impulsionar campanha nesse sentido para que os testes sejam feitos o mais rápido possível

O ex-prefeito de Santo André Carlos Grana (PT-SP) está cobrando nas redes sociais que sejam intensificados os testes de coronavírus para toda a população do ABC. De acordo com Grana, o anúncio feito pelo Governo do Estado em realizar exames pela Faculdade de Medicina do ABC é insuficiente para seja atingida a meta de 1 milhão de exames, já que a capacidade do laboratório da Faculdade é de só realizar 7 mil exames por mês. Ele defende que as prefeituras solicitem o apoio de todos os laboratórios públicos e privados do ABC para que essa massificação se realize em pouco espaço do tempo.

De acordo com matéria publicada no DGABC 82% dos casos suspeitos de coronavirus na região não tem conclusão se é positivo ou negativo. Grana destaca que os sete prefeitos da região, no dia 30 de março passado, prometeram a contratação de 1 milhão de testes para o Grande ABC, mas o que de fato ocorreu é que apenas a Faculdade de Medicina do ABC está fazendo e só 200 testes/dia. “O que significa que vamos precisar de mais de 11 anos e sete meses para chegar a esse 1 milhão prometidos por eles”. Para o ex-prefeito, é fundamental neste momento que todos se engajem no movimento de cobrança dos prefeitos da realização dos testes o mais urgente possível. “A própria recomendação da OMS afirma que só com os testes massivos é possível mapear efetivamente o número de contaminados pelo vírus COVID 19. E é responsabilidade do poder público dar a maior segurança a nossa população”, disse.

Vamos cobrar os testes prometidos

O presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, considera essa cobrança extremamente necessária, afinal muitos trabalhadores químicos estão trabalhando em atividades essenciais ao combate do Coronavirus em diversas empresas que dão suporte de produtos básicos químicos, farmacêuticos, plásticos especiais, embalagens de alimentos, produtos hospitalares, higiene pessoal, produtos de limpeza. “Serão os resultados dos testes que permitirão que se tomem medidas profiláticas de prevenção e proteção aos trabalhadores e trabalhadoras. Nós vamos cobrar os testes prometidos”, disse.

“Sem dúvida é necessário que em todos os locais de trabalho sejam reforçadas as ações de prevenção e a informação dos resultados dos exames permite que se estabeleçam estratégias para conter  o contágio, tanto junto à população como também nas empresas”, completa Paulão, secretário geral e de imprensa do Sindicato.

Com informações de Remígio Todeschini