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NOTA SOBRE O FECHAMENTO DA FORD NO BRASIL

12/01/2021 às 21h43

do Sindicato dos Químicos do ABC

É lamentável e preocupante o anúncio da FORD de fechar suas fábricas no Brasil. O impacto imediato dessa decisão unilateral e sem prévio-aviso aos sindicatos e às autoridades locais e nacional, é a demissão em massa de milhares de trabalhadores diretos, subcontratados e em toda a cadeia de produção, incluindo aqueles de autopeças metalúrgicas e de plástico e de tintas automotivas, entre outros.

A FORD demonstra com essa atitude, o seu descaso com as sociedades que acolheram os seus negócios durante mais de cem anos. Zero em responsabilidade social empresarial e com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU).

Reflete, entretanto, a política do governo golpista de Michel Temer (MDB) que rompeu abruptamente em 2016 com as políticas de desenvolvimento industrial dos governos Lula e Dilma, conformados no programa Inovar-Auto, que aumentou a capacidade produtiva interna, com cronograma de redução gradual dos incentivos depois de cinco anos.

Sem políticas públicas a combinar investimentos, geração de emprego e arrecadação fiscal pelo governo atual, o país assiste um capítulo mais em seu processo de desindustrialização e empobrecimento. Empregos industriais geram milhares de empregos no setor de serviços e comércio. Se estima a perda de 50.000 empregos em decorrência das 5.000 demissões nas três unidades: Camaçari (Bahia), Horizonte (Ceará) e Taubaté (São Paulo).

Tudo isso em meio a uma pandemia que afeta duramente a saúde da população, a ocupação informal e os empregos.

Nós, os trabalhadores Químicos do ABC, expressamos nossa solidariedade aos trabalhadores atingidos e suas famílias. Rechaçamos o descaso e a incompetência do governo Bolsonaro com a situação e apoiamos os esforços dos governos estaduais e municipais em buscar alternativas para a manutenção dos empregos nessas localidades, envolvendo os sindicatos de trabalhadores.

Raimundo Suzart, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, 12 de janeiro de 2021.

 

Sindicato dos Químicos do ABC
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