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O 8 de Março e a força das mulheres na luta pelos seus direitos

09/03/2017 às 15h20

Mais de 150 mil mulheres em todo o Brasil marcharam contra a Reforma da Previdência de Temer, contra a violência contra a mulher e por igualdade

Mulheres de todo o mundo foram para a rua neste 8 de Março reivindicar direitos iguais. Mais de 150 mil mulheres do campo e da cidade foram às ruas em cidades de todo Brasil. As manifestações se diversificaram em ocupações, atos, debates e outras atividades de enfrentamento que discutiram a reforma da Previdência, o direito ao aborto e a luta contra o feminicídio.

Os maiores atos aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na capital paulista, mais de 30 mil mulheres ocuparam as ruas do centro após manifestações em dois pontos de concentração: Avenida Paulista e Praça da Sé. As trabalhadoras cutistas realizaram manifestação em frente à sede do INSS, em frente ao prédio do INSS, no Viaduto Santa Efigênia, com assembleia contra a Reforma da Previdência e depois se somaram ao ato unificado na Praça da Sé.

As multidões femininas se acumularam entre 16h e 18h. Na Praça da Sé, a pauta principal era a luta contra a reforma da Previdência, que prejudicará mais as mulheres do que os homens.

Na Avenida Paulista, cartazes e bandeiras bradavam pelo direito ao aborto e contra o feminicídio, e professoras da rede municipal e estadual, organizadas pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), também protestavam contra as reformas da Previdência, trabalhista e do Ensino Médio.

Sem conflitos ou disputas de pautas, as duas marchas seguiram paralelamente e se encontraram em frente à prefeitura, no início da Brigadeiro Luís Antonio, onde ambas foram encerradas.

No Rio, o ato unificado também começou às 16h e reuniu mais de 20 mil pessoas no centro da cidade. A concentração foi realizada na Candelária, palco histórico de luta social, e terminou em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com a leitura de um manifesto em defesa dos direitos das mulheres. 

Estavam presentes seis centrais sindicais, entre elas a CUT, CTB, Nova Central Sindical, Força Sindical, UGT, CSB, Intersindical e CSP-Conlutas, e mais de 60 organizações feministas, como a Marcha Mundial da Mulheres, a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Unegro, Nem Uma a Menos, entre outras.

Agora é o dia 15

Além da fundamental batalha pela igualdade de gênero, a autonomia sobre os corpos foi outro ponto presente na manifestação. Em tempos de retrocesso, esse é um eixo fundamental para combater a violência contra elas, apontou a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.

“As mulheres saíram às ruas do país pelo combate à violência de gênero, pela autonomia dos nossos corpos, pela legalização do aborto, mas, sobretudo, concluíram que a Previdência é muita cara, principalmente para as mulheres. Então, hoje gritamos reaja ou morra trabalhando. Esse foi um esquenta para o próximo dia 15”,disse.

Com informações do jornal Brasil de Fato e CUT-SP

Fotos: Dino Santos