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O futuro do emprego na indústria química: a experiência francesa

13/06/2014 às 17h25

Delegação do Sindicato visitou central sindical da França com objetivo de trazer ao Grande ABC experiência similar francesa que trata da qualificação profissional para o futuro sustentável da indústria química

Que tipos de emprego serão necessários para o contínuo desenvolvimento da indústria química no mundo, no Brasil e na região do ABC nos próximos 20 anos?

Que tipo de formação escolar será necessário possuir para poder ocupar uma vaga em uma indústria química na região do ABC daqui a 20 anos?

Que formação profissional deve ser buscada por um jovem trabalhador da indústria química que deseja evoluir na carreira, na empresa e no setor?

É possível e necessário formar um trabalhador (a) para atuar durante sua vida produtiva de cerca de 30 anos, nos setores da indústria química, em particular?

A diminuição da rotatividade no emprego na indústria química é um elemento-chave para o desenvolvimento sustentável da indústria química na região do ABC e no Brasil?

Como valorizar o conhecimento adquirido na prática ou no treinamento interempresa?

Como reconhecer as habilidades adquiridas no exercício de uma atividade ou profissão?

A certificação de habilidades e competências valorizará a mão-de-obra do trabalhador (a) certificado (a)

A certificação é uma medida alternativa à crescente falta de mão-de-obra qualificada?

Estas foram algumas das questões debatidas durante a visita de dirigentes e assessoria do Sindicato dos Químicos do ABC, recentemente, às sedes da Federação da Química e Energia da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT-FCE) e da Associação da Indústria Química (UCI), da Franca.

A CFDT é uma das principais centrais sindicais deste país da União Europeia que possui, atualmente, o oitavo lugar em faturamento líquido na indústria química mundial, com 151 bilhões de dólares. O quinto lugar está com a Coréia, com 172 bilhões de dólares. Entre o quinto e a França, temos o Brasil (166 bilhões de dólares) e a Índia (152 bilhões de dólares). Segundo a ABIQUM e outros analistas, até 2020, é provável que Índia e Brasil superem a Coréia, sendo que a Índia deve assumir o quinto lugar.

O Sindicato dos Químicos do ABC desenvolve com a CFDT-FCE uma parceria para a cooperação técnica internacional sobre o desenvolvimento sustentável, um dos principais objetivos da Conferencia Internacional “A Indústria Química em 2020: outro rumo é possível” (2011) e do 11º. Congresso da categoria (2013). As duas organizações são afiliadas ao sindicato global industriALL.

Para o presidente do Sindicato Paulo Lage “o objetivo da visita foi alcançado em sua plenitude, já que pudemos conhecer o ponto de vista sindical e empresarial sobre o mesmo tema: a importância da qualificação profissional para o desenvolvimento sustentável da indústria química”.

O próximo passo é levar o tema ao Grupo Tripartite da Indústria Química no ABC, já que envolve o interesse não apenas dos trabalhadores, mas também das empresas e dos governos locais. Afinal, o emprego na indústria química é um importante indutor de renda na sociedade local. “E que para isso perdure por bastante tempo, beneficiando não apenas nossos filhos e netos, mas também e principalmente toda a região do ABC, é necessário que se chegue a um acordo que garanta qualificação, valorização, e atualização ao longo da vida do trabalhador ou trabalhadora da indústria química na região”, complementou Raimundo Suzart, qyue assumiu a presidência do Sindicato no dia 13 passado, substituindo Paulo Lage.