Quando você qualifica e prepara o profissional, você diminui a rotatividade do setor. É um diferencial discutir o assunto não somente no olhar das empresas, mas também dos trabalhadores, disse o presidente do Sindicato, Raimundo Suzart
Nesta terça-feira (09/12), foi realizada a oficina sobre qualificação profissional na indústria química do ABC. O evento aconteceu no auditório do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e mostrou as dificuldades e a oferta de qualificação profissional para o setor químico na região.
O secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovanni Rocco, destacou o trabalho que a Agência realizou neste ano. “A Agência está atuando fortemente em qualificação profissional, pois é por meio dela que conseguimos fazer as pequenas empresas tornarem-se médias e, assim, o setor crescer como um todo”, argumentou.
O coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Químico e secretário de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Ciomar Okabayashi, lembrou as discussões feitas no GT Químico no ano. “Este evento é um dos resultados do trabalho do grupo. É muito importante um olhar rápido para o setor e a agilidade é essencial no processo de qualificação profissional”, disse.
Para o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, a qualificação do profissional é um diferencial para o setor. “Quando você qualifica e prepara o profissional, você diminui a rotatividade do setor. É um diferencial discutir o assunto não somente no olhar das empresas, mas também dos trabalhadores”, explicou.
Segundo o diretor titular do Ciesp em Santo André, Emanuel Teixeira, o ABC tem um grande desafio, que é manter a questão regional. “Nós estamos aqui para defender a região como um todo. Temos que ter um poder para galgar e manter essa posição diferenciada”, ressaltou.
No evento, o assessor técnico do Dieese, Thomaz Ferreira Jensen, apresentou um panorama sobre a indústria química na região detalhados em setores, quantidade entre outros. Jensen apresentou o perfil do atual trabalhador dessa indústria em termos de quantidade, gênero, idade, instrução, qualificação profissional e tempo de atuação no setor.
Com o objetivo de ouvir o outro lado nessa busca por mão de obra qualificada, estiveram presentes o diretor industrial da LETSKA, Giancarlo Bechelli, e o diretor de planejamento da ABRH-SP e consultor da BASF, Wagner Brunini, que destacaram a importância de trabalhar em conjunto com as sete cidades, e o papel da Agência e do Consórcio nesse contexto.
Para finalizar a discussão, o diretor de tecnologias inovadoras da Secretaria de Inovação do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Rafael de Sá Marques, destacou o papel do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) na questão de qualificação profissional, e sobre como o mapa da demanda por área é um diferencial.
Ao final da oficina, o GT Químico, reuniu-se para uma avaliação interna dos resultados da oficina, e para posterior criação de um documento sobre qualificação profissional que será apresentado para a assembleia de prefeitos e posteriormente ao MDIC.
Fonte: Agência GABC