Dia de Luta das Mulheres pedirá o fim da violência, das privatizações e do genocídio do povo preto e palestino
As mulheres sindicalistas da CUT estarão novamente reunidas na próxima sexta, 8 de março, para lutar por políticas que garantam a igualdade de gênero nas relações de trabalho, bem como cobrar o fim da violência. Em São Paulo, o Dia Intencional de Luta das Mulheres também será marcado por ações contra as privatizações no estado e pelo fim do genocídio do povo preto e palestino.
A concentração CUTista será às 14h no Espaço Cultural Lélia Abramo, ao lado do Metrô Brigadeiro. De lá, a militância seguirá em bloco para o ato na Avenida Paulista, com início previsto para às 17h, em frente ao Masp, e que reunirá outros movimentos populares.
Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Marcia Viana celebra políticas fundamentais conquistadas desde o ano passado, com o retorno do Ministério das Mulheres, mas pontua que ainda existe uma grande distância para acabar com uma cultura machista na sociedade.
“No último ano, tivemos medidas importantes do governo Lula para reduzir a desigualdade de gênero no mundo trabalho e o combate ao feminicídio. Mas é preciso avançar e cobrar também o Congresso sobre seu papel, que é o de aprovar a Convenção 190 da OIT, que trata sobre o enfrentamento aos casos de assédio e violência nos locais de trabalho”, afirma a dirigente.
Outras pautas necessárias que ganharão as ruas na sexta estão em torno da administração Tarcísio de Freitas, que possui uma agenda privatista e piora na segurança. “No estado de São Paulo, o governador Tarcísio tem sido perverso nas políticas de gênero, com redução do orçamento. Além disso, as privatizações de empresas como a Sabesp afetam, principalmente, as mulheres e seus filhos. Para piorar, a segurança pública nessa gestão potencializa o povo preto e pobre como principais alvos”, destaca Márcia, ao lembrar da operação policial na Baixada Santista.
Nesta segunda (4), um levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público Estadual divulgou que a letalidade policial cresceu 94% no primeiro bimestre, em comparação com igual período de 2023.
Os ataques na Palestina também serão lembrados pelas participantes na Paulista. O conflito na região, iniciado em outubro do ano passado, já assassinou mais de 30 mil palestinos pelas forças israelenses, sendo a maioria de mulheres e crianças. A CUT, assim como diversos organismos e governos pelo mundo, classifica a situação como genocídio.