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Protesto na Solvay

18/04/2013 às 18h51

Protesto na Solvay marca Dia de Mobilização da CUT

Protesto na Solvay marca Dia de Mobilização da CUT

Protesto na Solvay marca Dia de Mobilização da CUT

 

Nesta quinta-feira 18 de Abril – Dia Nacional de Mobilização da CUT – foram realizadas greves, atos públicos, passeatas, panfletagem e protestos em todo o país e por todas as categorias como forma de expressar o poder de pressão da classe trabalhadora em defesa das suas bandeiras, tais como: 40 horas semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, reforma agrária, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, política de valorização dos aposentados, 10% do PIB para a educação, 10% do orçamento da União para a saúde, correção da tabela do imposto de renda, ratificação da Convenção 158 da OIT, regulamentação da Convenção 151 da OIT e ampliação do investimento público.

 

A realização deste Dia Nacional de Mobilização é desdobramento da Marcha a Brasília realizada em 6 de março e seu resultado terá influência decisiva na negociação com o governo federal das reivindicações  apresentadas pela classe trabalhadora.

 

Aqui no Grande ABC, o ato central da categoria química para marcar o 18 de Abril aconteceu na empresa Solvay, em Santo André. O Sindicato realizou mais um protesto com os trabalhadores do turno da manhã para reforçar a luta pela manutenção da planta e dos empregos. É o terceiro protesto realizado desde meados de fevereiro, após o anúncio da venda da planta feito pela empresa.

Segundo o secretário de administração e finanças do Sindicato dos Químicos do ABC, Juvenil Nunes da Costa, que é trabalhador da Solvay Indupa, ainda não há definição dos compradores, mas empresa continua se reunindo com o Sindicato para discutir o assunto.

Além da pauta geral da classe trabalhadora, o Sindicato aproveitou para passar informações para os trabalhadores(as) esclarecimentos sobre a pauta específica entregue à direção da Solvay que tem como principal reivindicação o compromisso da empresa vender a planta somente com a garantia da manutenção da produção e dos empregos.

“Até agora não houve novidade, a Solvay diz que não tem nenhum comprador oficializado. Diz que se fala muito da Braskem, mas outras empresas também têm visitado a planta e se mostram interessadas e até o momento nada foi decidido”, relata o secretário de Administração e Fnanças do Sindicato, Juvenil Nunes da Costa, que é trabalhador da Solvay. “O único avanço até o momento é a abertura de inscrições para a Comissão de PLR”, afirma o diretor.

Reunião com o CADE

No próximo dia 25 de abril, o presidente do Sindicato, Paulo Lage, e Juvenil se reunirão com o presidente do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para expor a situação da Solvay Indupa e a possível venda da empresa à Braskem, o que pode ser caracterizado como risco de monopólio na fabricação de PVC no País.

“As empresas do terceiro setor também estão se mobilizando, por meio do sindicato patronal, para pressionar o CADE por temer que a Braskem abrace também esse mercado, sendo a única fornecedora do produto”, alerta o sindicalista.

Outro problema apontado pelo Sindicato em relação a venda da Solvay Indupa de Santo André é o fato da Braskem, que não estava no mercado de PVC, ter inaugurado uma grande e moderna planta para fabricação de PVC em Maceió, enquanto a da Solvay Indupa está praticamente sucateada. “O risco de fechamento é muito grande, por isso está é uma das lutas prioritárias do Sindicato: manter a planta e os empregos em Santo André”, conclui.