Protesto na Solvay marca Dia de Mobilização da CUT
Protesto na Solvay marca Dia de Mobilização da CUT
Nesta quinta-feira 18 de Abril – Dia Nacional de Mobilização da CUT – foram realizadas greves, atos públicos, passeatas, panfletagem e protestos em todo o país e por todas as categorias como forma de expressar o poder de pressão da classe trabalhadora em defesa das suas bandeiras, tais como: 40 horas semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, reforma agrária, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, política de valorização dos aposentados, 10% do PIB para a educação, 10% do orçamento da União para a saúde, correção da tabela do imposto de renda, ratificação da Convenção 158 da OIT, regulamentação da Convenção 151 da OIT e ampliação do investimento público.
A realização deste Dia Nacional de Mobilização é desdobramento da Marcha a Brasília realizada em 6 de março e seu resultado terá influência decisiva na negociação com o governo federal das reivindicações apresentadas pela classe trabalhadora.
Aqui no Grande ABC, o ato central da categoria química para marcar o 18 de Abril aconteceu na empresa Solvay, em Santo André. O Sindicato realizou mais um protesto com os trabalhadores do turno da manhã para reforçar a luta pela manutenção da planta e dos empregos. É o terceiro protesto realizado desde meados de fevereiro, após o anúncio da venda da planta feito pela empresa.
Segundo o secretário de administração e finanças do Sindicato dos Químicos do ABC, Juvenil Nunes da Costa, que é trabalhador da Solvay Indupa, ainda não há definição dos compradores, mas empresa continua se reunindo com o Sindicato para discutir o assunto.
Além da pauta geral da classe trabalhadora, o Sindicato aproveitou para passar informações para os trabalhadores(as) esclarecimentos sobre a pauta específica entregue à direção da Solvay que tem como principal reivindicação o compromisso da empresa vender a planta somente com a garantia da manutenção da produção e dos empregos.
“Até agora não houve novidade, a Solvay diz que não tem nenhum comprador oficializado. Diz que se fala muito da Braskem, mas outras empresas também têm visitado a planta e se mostram interessadas e até o momento nada foi decidido”, relata o secretário de Administração e Fnanças do Sindicato, Juvenil Nunes da Costa, que é trabalhador da Solvay. “O único avanço até o momento é a abertura de inscrições para a Comissão de PLR”, afirma o diretor.
Reunião com o CADE
No próximo dia 25 de abril, o presidente do Sindicato, Paulo Lage, e Juvenil se reunirão com o presidente do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para expor a situação da Solvay Indupa e a possível venda da empresa à Braskem, o que pode ser caracterizado como risco de monopólio na fabricação de PVC no País.
“As empresas do terceiro setor também estão se mobilizando, por meio do sindicato patronal, para pressionar o CADE por temer que a Braskem abrace também esse mercado, sendo a única fornecedora do produto”, alerta o sindicalista.
Outro problema apontado pelo Sindicato em relação a venda da Solvay Indupa de Santo André é o fato da Braskem, que não estava no mercado de PVC, ter inaugurado uma grande e moderna planta para fabricação de PVC em Maceió, enquanto a da Solvay Indupa está praticamente sucateada. “O risco de fechamento é muito grande, por isso está é uma das lutas prioritárias do Sindicato: manter a planta e os empregos em Santo André”, conclui.