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Químicos do ABC debatem desafios e se preparam para a 4ª Conferência Nacional de Formação da CUT

12/02/2019 às 11h02

Atividade contou com a presença das secretárias de Formação Rosana Bertotti (CUT nacional) e Telma Victor (CUT-SP)

Como desenvolver uma formação para uma ação sindical eficaz frente às mudanças no mundo do trabalho e do governo de direita que defende a extinção de direitos?

Essa foi a principal discussão entre diretores do Sindicato, membros das representações de trabalhadores e militância química na manhã desta terça-feira, 12 de fevereiro, na sede do Sindicato em Santo André. A atividade foi organizada pela Secretaria de Formação do Sindicato, agora sob a coordenação de Ronaldo de Oliveira, com o objetivo de incluir os trabalhadores e trabalhadoras da base no debate de propostas a serem levadas à Conferência Nacional de Formação de CUT, marcada para maio próximo.

Para contribuir com a discussão, compareceram ao evento as secretárias de Formação da Central Única dos Trabalhadores Rosana Bertotti (da CUT nacional) e Telma Victor (da CUT-SP).

“A ideia foi realizar uma atividade com caráter de pré-Conferência Nacional de Formação da CUT, trazendo para a discussão principalmente membros das Comissões de Fabrica, Sistema Único de Representação (SUR), delegados sindicais e os Coletivos do Sindicato, como o Coletivo de Formação e a Comissão de Mulheres Químicas do ABC”, explica Ronaldo, que ficou muito satisfeito com a participação de representações de cerca de 30 empresas da base química da região.

Formação como prioridade

Na mesa de abertura, o presidente do Sindicato Raimundo Suzart saudou os participantes destacando que para os Químicos do ABC a formação política é uma palavra de ordem. “Não adianta distribuir jornais e trazer representantes nas assembleias. O que vai transformar o estado de coisas é a formação, por isso é necessário trazer para o debate e preparar a militância para atuação não somente nas fábricas, mas também nas comunidades. Como vamos fazer isso?  É um pouco o que vamos conversar nesta atividade”, expressou Raimundo.

“Hoje temos aqui uma representatividade grande, cerca de 30 empresas, para contribuir com o debate. A Conferência de Formação da CUT está chamada a responder alguns desafios, pois os atuais programas estão superados. Precisamos decidir que formação nós queremos para os próximos anos”, pontuou o diretor Aparecido Donizeti, que já foi Secretário de Formação do Sindicato e atualmente é secretário adjunto de administração da CUT Nacional.

Futuro dos Sindicatos

Para a secretária nacional de Formação da CUT, Rosane Bertotti, estamos vivendo um momento difícil da organização sindical e da vida dos homens e das mulheres que pensam um pouco diferente. “Estar à frente de sindicatos neste momento é um desafio muito maior do que até pouco tempo atrás. E cabe a nós fazer o debate para decidir os rumos do movimento sindical com tantas mudanças no mundo do trabalho e na situação política do país”, comentou.

Na apresentação da proposta do Plano Nacional de Formação da CUT, tema principal da Conferência de maio, Rosane apontou duas grandes preocupações para o movimento sindical cutista: 1. A necessidade de fazer o enfrentamento em defesa de democracia e dos direitos dos trabalhadores; e 2. Como serão os sindicatos que vamos construir para fazer esse enfrentamento.

 

“Nossa principal tarefa será a de atualizar a ação estratégica da CUT, mantendo seus princípios fundamentais, que são uma CUT livre, autônoma, democrática, de massa, organizada pela base, com unidade da ação, de massa, autossustentável, e com estruturas vertical e horizontal (territorial e ramos)”, afirmou.

Outra discussão de destaque na Conferência, segundo Bartotti, será o chamado Trabalho do Futuro. “Vamos refletir sobre as mudanças no mundo do trabalho com a chamada ‘uberização’ da mão de obra e o papel e a organização do movimento sindical diante desse quadro”, completou.

Ação Solidária

Todo o processo que ora está se iniciando com as Conferências Locais e Estaduais até a Conferência Nacional no mês de maio, em Belo Horizonte (MG), pretende ser autofinanciado. Para isso será organizada uma Ação Solidária, que funciona nos moldes de uma rifa, com sorteios aos ganhadores, além de venda de camisetas, eventos festivos para arrecadação, cofrinho solidário nas entidades, taxa de inscrição e ainda a contribuição dos ramos e de entidades internacionais.

O slogan da 4ª Conferência Nacional de Formação é: “Somos e fazemos o trem da História”. Em breve será lançada uma plataforma digital, que será linkada ao website da CUT Nacional.