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Sindicato de SP mapeia indústria química e aponta caminhos

Escrito por: Redação
05/04/2022 às 20h40
Sindicato de SP mapeia indústria química e aponta caminhos

Químicos de São Paulo lançam publicação com dados sobre importação, volume de postos de trabalho e diferenças salariais entre gênero e raças

Nosso sindicato parceiro, Químicos de São Paulo, lançou nesta segunda-feira, 4 de abril, em sua sede, na capital, o livro A Indústria Química no Estado de São Paulo: Panorama e Perspectiva, que traz uma extensa pesquisa sobre os setores químico e farmacêutico e aponta caminhos para a indústria no Estado de São Paulo.

A pesquisa mapeou os movimentos e investimentos dos segmentos químico e farmacêutico na atual conjuntura, investimentos em sustentabilidade, tecnologia e geração de empregos, dentre outros aspectos.

O presidente da entidade, Hélio Rodrigues, explicou o objetivo da publicação: “levantar a discussão e contribuir com o poder público no sentido de incrementar a industrialização do setor”.

O lançamento contou com a presença de importantes personalidades públicas, entre elas o pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), parlamentares e representantes dos sindicatos patronais Ceag-10 e do Sindusfarma.

O presidente do Sindicato, Raimundo Suzart, representou a categoria química do ABC no lançamento.

Panorama da Industria Química e Farmacêutica

Dentre os vários números apresentados, o estudo mostra o crescimento mundial do segmento; que pode ser atribuído ao aumento da demanda de indústrias de uso final, como agricultura, papel e celulose, produtos farmacêuticos e cuidados pessoais e cosméticos, entre outros.

Um exemplo é a importação de produtos químicos básicos, fertilizantes e compostos nitrogenados, plásticos e borracha sintética em formas primárias no Estado de São Paulo que cresceu de US$ 8,992 em 2020 para US$ 12,506 bilhões em 2021.

Os dados mostram que entre 2015 e 2020 o Brasil perdeu 36,6 mil estabelecimentos industriais e somente em 2020 foram encerradas 5,5 mil empresas industriais, com isso milhares de empregos desapareceram e dificilmente serão recuperados, mesmo com a retomada da atividade econômica.

No final de 2014 tinha-se 13.366.326 pessoas trabalhando na indústria, esse número caiu para 12.165.764 em 2019 e 10.914.481 em 2020, ou seja, entre 2014 e 2020 o emprego na indústria reduziu em 18,3% e, entre 2019 e 2020, a queda foi de 10,3%.

Além disso, o emprego na indústria vem perdendo peso na composição total, representava 14,4% em 2014 e caiu para 12,6% em 2020.

Fernando Haddad e parlamentares presentes no lançamento

Fernando Haddad e parlamentares prestigiaram o lançamento do livro A Indústria Química no Estado de São Paulo: Panorama e Perspectiva

Diferenças entre gêneros e raças

A força de trabalho na indústria também é expressão de uma grande diversidade, com terceirizados, informais, contratos autônomos, MEIs e PJs.

“São trabalhadores sem direitos, proteção social e sem o benefício do instrumento coletivo assinado pelo Sindicato. Além disso, a pesquisa aponta diferenças salariais importantes entre gênero e raça; uma realidade que precisa mudar”, defende Rodrigues.

A pesquisa foi organizada  por Marilane Teixeira, economista, pesquisadora do CESIT/IE e assessora econômica do Sindicato que assina o livro junto com  Hélio Rodrigues, presidente da entidade.

O livro pode ser baixado gratuitamente no link: https://quimicosp.org.br/publicacoes/livro/

Com informações do Sindicato dos Químicos de São Paulo