Há dois meses em greve, os trabalhadores/as da UCI Farma participaram de um protesto na manhã desta terça-feira, 27/10, realizado pelo Sindicato dos Químicos do ABC em frente à empresa, em São Bernardo do Campo. “Já são 60 dias sem pagamentos de salários, atrasos constantes no pagamento de férias e PLR e falta depósito do FGTS e INSS”, denuncia a diretora do Sindicato Lucimar Rodrigues, que trabalha na UCI.

A greve foi julgada não abusiva pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que determinou à empresa o pagamento dos salários e estabilidade de três meses aos grevistas.

Após o protesto o Sindicato conseguiu marcar uma reunião com a direção da empresa para a próxima sexta-feira, 30/10, às 14h, para discutir sobre a situação  dos trabalhadores/as.

Demissões 

Lucimar destaca que a empresa afirmou que não tem como pagar o que deve e que vai demitir, mesmo com o TRT dando estabilidade aos trabalhadores/as. Disse ainda que a empresa pretende entregar uma lista com 35 nomes para serem cortados e que vai parcelar as verbas rescisórias em dez vezes. “Em negociações passadas foi dito ao Sindicato que a empresa poderia ser vendida, mas há três anos falam a mesma coisa. Agora vamos acionar o jurídico do Sindicato e tentar bloquear as contas da UCI Farma para garantir o pagamento dos salários, afinal tem muita gente passando necessidade”, pontuou Lucimar.

O Sindicato está apoiando a luta dos trabalhadores/as da UCI-Farma, que planejam montar acampamento em frente à empresa para pressionar por uma solução ao impasse.

Luta antiga 

Os atrasos nos pagamentos e demais direitos começou em 2016. De la pra cá houve greve e muitos protestos. Em 21 de janeiro deste ano, uma greve e um grande ato de protesto foi realizado pelo Sindicato, com forte repercussão na mídia local. Passados nove meses, os problemas só pioraram.

Para saber mais: Greve na UCI-FARMA na Imprensa