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Sindicato representa CUT em conselho setorial do Brasil Maior

07/10/2013 às 14h15

Conselho de competitividade setorial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos se reuniu em Brasília para analisar impactos da política industrial do Governo Federal

Por Thomaz Jensen (economista subseção Dieese do Sindicato)

Representando a CUT, Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, participou na quarta-feira (2/10) da 5ª. reunião do conselho de competitividade setorial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do Plano Brasil Maior, realizada na sede da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em Brasília.

O encontro reuniu gestores públicos do Governo Federal, representantes de associações empresariais, como a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) para analisar os efeitos da política industrial que o Governo Federal vem promovendo desde 2011 e debater perspectivas de desenvolvimento para este importante setor da indústria química no Brasil que, em 2012, registrou faturamento líquido de R$ 29,3 bilhões, 16% a mais que em 2011.

“Desde que realizamos em 2011 o ciclo de debates sobre a indústria química em 2020, temos mantido contato constante com as associações empresariais e o Governo Federal para encaminhar ações em conjunto que efetivem as propostas da CUT para que o crescimento das indústrias se reflita em melhorias na remuneração e nas condições de trabalho”, afirma Paulo Lage. “O setor de cosméticos emprega 42 mil trabalhadores em todo o Brasil e este número vem crescendo. De 2006 até 2011, foram 17% a mais de empregos. No ABC, apenas em 2012, o número de trabalhadores nas indústrias de cosméticos cresceu 21% em relação a 2011. O momento é oportuno para construirmos ações em conjunto que valorizem os trabalhadores”.

Otávio Camargo, diretor da ABDI, apresentou um balanço de dois anos do Plano Brasil Maior, seus impactos e resultados. Segundo ele, “a política vem para mostrar não só as dificuldades de a indústria brasileira competir internacionalmente, como também propostas para melhorar. A política reforça a importância dos elos da cadeia produtiva, da necessidade de aumentar tecnologia e inovação para aumentar a competitividade da indústria brasileira”.

Foram realizadas ainda apresentações dos Grupos de Trabalho (GTs) que compõem o Conselho, entre eles, o GT Insumos Químicos, coordenado pela ABIQUIM, cujo objetivo é elaborar estudo para propor políticas que visem à produção nacional competitiva de insumos químicos para o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. O Conselho é composto ainda pelo GT Embalagem, coordenado pela ABDI, o GT Inovação, coordenado pela ABIHPEC, e o GT Elos da Cadeia, sob coordenação do SEBRAE. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) teve espaço para falar sobre regulamentação e também foram debatidos os tributos na indústria.

A reunião abordou as ótimas potencialidades de crescimento da produção e do emprego, com impactos positivos na região do ABC, que conta com importantes empresas do setor localizadas em Diadema e São Bernardo do Campo. Segundo a própria entidade representativa das empresas, o setor cresce no Brasil acima da casa dos dois dígitos nos últimos 17 anos e ainda há espaço para crescimento, especialmente para as micro e pequenas empresas.

Há no Brasil cerca de 2.300 indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Estas empresas compõem um mercado de R$ 29,4 bilhões, mas somente 20 destas empresas concentram 73% do faturamento total. Destas 20 empresas, apenas 5 são de capital nacional. Segundo a subseção do DIEESE no Sindicato, são cerca de 4.100 trabalhadores nas indústrias de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos instaladas no ABC.

Para a ABIHPEC, o mercado de higiene pessoal e de cosméticos tende a manter as elevadas taxas de crescimento, ainda mais com as medidas de desoneração de impostos de produtos da cesta básica anunciada pela Presidenta Dilma Rousseff e que beneficia produtos do setor, como sabonete e pasta de dente. Existe, porém, a ameaça de que as importações aumentem e tomem espaço da produção nacional, como já aconteceu em 2012, algo inédito para a indústria, que sempre exportou mais do que importou.

Na reunião, foi divulgado o III Caderno de Tendências – Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos 2014-2015, elaborado pela ABIHPEC, ABDI e SEBRAE. Em breve, a versão eletrônica da publicação estará disponível no site www.abihpec.org.br

 “O balanço desta reunião é positivo e indica que a CUT está certa em participar destes espaços de debate sobre os rumos da indústria no Brasil, criados pelo governo Dilma. É oportunidade que não podemos desperdiçar de apresentar ao Governo e às entidades empresariais propostas que possam ser incorporadas na agenda de investimentos das indústrias, com resultado concreto de melhoria nas condições de trabalho neste importante setor químico”, avalia Paulo Lage.

Sindicato dos Químicos do ABC
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