Na manhã do dia 10 de setembro, diretores da FETQUIM e representantes sindicais filiados à federação se reuniram para discutir as projeções econômicas apresentadas por Michaela Aramaqui, economista do Dieese, e definir os próximos passos da Campanha Salarial dos Químicos 2024.
O presidente José Evandro Alves da Silva (na foto, com microfone) participou da atividade, representando a categoria química do ABC.
Indústria química em recuperação
Michaela destacou que, apesar das reclamações dos empresários sobre a concorrência com produtos importados e o risco de fechamento de fábricas, a indústria química em São Paulo aumentou o número de empregados no primeiro semestre, em comparação a 2022 e 2023, o que indica uma recuperação no setor.
Com base nas informações e debates, as lideranças aprovaram uma proposta de pauta a ser levada aos trabalhadores e trabalhadoras para avaliação.
As reivindicações econômicas propostas são:
- Reajuste salarial com reposição integral da inflação (INPC) + 5% de aumento real;
- Reajuste de 10% no piso salarial (atualmente R$ 2.079,79 para empresas com até 49 empregados e R$ 2.133,39 para empresas com mais de 49 empregados);
- PLR com valor mínimo equivalente a dois pisos salariais já corrigidos;
- Atualização das demais cláusulas econômicas com o mesmo índice de correção dos salários.
Uma NOVIDADE na pauta é a inclusão de vale alimentação no valor de R$ 786,35, equivalente ao custo atual da cesta básica calculado pelo Dieese.
Os sindicatos filiados têm até 22 de setembro para apresentar a proposta e levá-la à votação junto às suas bases.
A entrega formal das reivindicações ao CEAG-10, grupo patronal, está marcada para o dia 27 de setembro, em local a ser definido.
A data-base do setor químico é 1º de novembro, e as negociações deste ano serão sobre as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho vigente.