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Violência política: centrais sindicais pedem segurança nas eleições a Alexandre Moraes

Escrito por: Redação
28/09/2022 às 19h40
Violência política: centrais sindicais pedem segurança nas eleições a Alexandre Moraes

Representantes de seis centrais sindicais, entre elas a CUT, reuniram-se nesta terça-feira (27) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em Brasília. As lideranças sindicais apresentaram a Moraes um conjunto de demandas relacionadas à segurança nas eleições. A agenda foi motivada pela preocupação com a escalada da violência política no país.

“Foi importante a conversa com o ministro porque nós saímos tranquilos de que todas as questões de segurança foram tomadas. Então, as eleições de domingo são pra ser uma grande festa da democracia, e é o momento mesmo. As eleições servem pra isso, pra que as pessoas possam expressar livremente as suas posições políticas, vestir a camisa do seu candidato, debater”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.

Além da CUT, estiveram presentes líderes da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Moraes garantiu aos representantes das centrais sindicais que está sendo articulado um grande esquema para reforçar a segurança nas eleições. “Ele demonstrou os caminhos que estão sendo feitos, inclusive com os secretários de Segurança de cada estado e também com a Polícia Militar de cada estado. O setor de inteligência está integrado, tanto os das secretarias de segurança pública como os das polícias estaduais”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Escalada da violência

As centrais sindicais também levaram ao TSE a preocupação com a especulação de que um número grande de bolsonaristas teria se inscrito para trabalhar como mesário para no dia da eleição e, assim, tumultuar o processo, ao que Alexandre de Moraes respondeu: “é tudo fake News”. Segundo disse o presidente do TSE aos sindicalistas, o perfil dos mesários e mesárias é de jovens e mulheres. Ou seja, não é um perfil bolsonarista, como mostram as recentes pesquisas.

A preocupação legítima das centrais é resultado do discurso de incitação ao ódio do mandatário da República e da ação violenta e ameaçadora de bolsonaristas e aliados, amplamente registrada e divulgada ao mundo pela imprensa brasileira.

Nas redes sociais, fake news propagadas inclusive por autoridades políticas e parlamentares, além de empresários, que apoiam o governo federal criaram um clima tenso na campanha, confirmado por ataques, agressões e até assassinato de militantes ligados a outros candidatos que não seja Bolsonaro, especialmente apoiadores do petista Luiz Inácio Lula da Silva, líder  nas pesquisas de intenção de voto. O TSE diz ter o diagnóstico do quadro e garante estar agindo.

Orientações a militância

Sérgio Nobre convoca a militância a votar com alegria, a se expressar com liberdade, a defender seus candidatos e a não ceder nem entrar em provocações e eventuais conflitos. “Votar é nosso direito, vamos exercê-lo com tranquilidade como sempre fizemos”.

“No domingo teremos o resultado das eleições de deputados estaduais e federais, senadores e governadores e, pelo que apontam todas as pesquisas de intenção de voto, também será definido o novo presidente da República. É importante que todos possam festejar esse momento num clima tranquilo e seguro e o TSE garantiu que será dessa forma”, disse Sérgio Nobre.

As centrais sindicais também levaram ao TSE a preocupação com a especulação de que um número grande de bolsonaristas teria se inscrito para trabalhar como mesário para no dia da eleição e, assim, tumultuar o processo, ao que Alexandre de Moraes respondeu: “é tudo fake News”. Segundo disse o presidente do TSE aos sindicalistas, o perfil dos mesários e mesárias é de jovens e mulheres. Ou seja, não é um perfil bolsonarista, como mostram as recentes pesquisas.

Assédio eleitoral e a proibição de celulares no local de votação

O presidente nacional da CUT reforçou a importância da medida que proíbe aos eleitores de entrar no local de votação com celular.

“Aumentaram os casos de assédio ao trabalhador no local de trabalho, com o empresário ameaçando o trabalhador para que ele vote em seu candidato. Tem patrão que quer obrigar o trabalhador a fotografar o seu voto, na cabine de votação, para servir de espécie de recibo que comprove que esse trabalhador votou no candidato que é do patrão, por isso, não leve seu celular quando for votar”, disse Sérgio Nobre. “Isso é coação assédio eleitoral, é crime”

Segundo ele, celular no local de votação como forma de repressão ao eleitor contribui para a compra de voto, para a fraude eleitoral, daí a importância da proibição.

Com informações do jornal Brasil de Fato e CUT Brasil