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Carteira VERDE E AMARELA é mais um ataque aos direitos trabalhistas

16/10/2018 às 11h15

Trabalhador deverá escolher entre ter direitos e não ter emprego ou ter emprego e não ter direitos

Criar uma “nova carteira de trabalho verde e amarela” é a única proposta do plano de governo de Bolsonaro para combater o desempregado no Brasil, que atinge hoje quase 13 milhões de pessoas, segundo o IBGE. “Assim, todo jovem que ingresse no mercado de trabalho poderá escolher entre um vínculo empregatício baseado na carteira de trabalho tradicional (azul) – mantendo o ordenamento jurídico atual –, ou uma carteira de trabalho verde e amarela (onde o contrato individual prevalece sobre a CLT, mantendo todos os direitos constitucionais)”, diz trecho do programa de governo. Traduzindo: a carteira proposta por Bolsonaro acabará, na prática, com a CLT e os Acordos Coletivos; o trabalhador ficará à mercê dos empresários. Muitos já estão chamando de “carteira caracu”, aquela em que o patrão entra com a cara e o trabalhador com o resto. Com essa proposta, Bolsonaro sugere o aprofundamento da reforma trabalhista e cria oficialmente a classe do sub trabalhador, que informalmente já existe.

A proposta é mais um ataque aos direitos dos trabalhadores. Quem acredita que é o trabalhador que vai fazer as escolhas? Como já tem ocorrido no país, após a aprovação da reforma trabalhista, o patrão vai simplesmente impor a sua vontade e determinar a condição de contratação. Bolsonaro, inclusive, já declarou abertamente à imprensa que, se ele for eleito, durante seu governo, o trabalhador deverá escolher entre ter direitos e não ter emprego ou ter emprego e não ter direitos. E vai acabar ficando sem os dois.

Fonte: Sidipetro Unificados SP