Presidente do Sindicato, Raimundo Suzart, convocou novamente as empresas e os trabalhadores para manter a unidade em torno da campanha de arrecadação
Por Luiz Carvalho
No momento em que o Brasil ultrapassa a marca dos 380 mil mortos pela Covid-19, em um país com mais de 14 milhões de desempregados, o Sindicato dos Químicos do ABC arregaçou as mangas e articulou a arrecadação de cestas básicas junto a 13 empresas da sua base, retomando a Campanha Quarentena Solidária, desenvolvida no ano passado pela entidade devido ao início da pandemia.
Nesta quinta-feira (22), o presidente Raimundo Suzart e dirigentes das regionais de Santo André, São Bernardo e Diadema do Sindicato estiveram na sede da entidade ao lado de representantes da Sherwin-Williams para falar sobre a campanha.
A ação deste ano arrecadou mais de 13 toneladas de alimentos e repetiu o movimento de 2020 responsável por recolher mais de 12 toneladas de comida destinada a quem mais necessita.
O próximo passo é fazer a distribuição das cestas para as regionais, que mantêm parcerias com organizações religiosas, entidades assistenciais e destinam os produtos também às trabalhadoras e trabalhadores químicos desempregados.
Presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, esteve presente ao encontro e apontou a importância dos sindicatos nesse momento de grande dificuldade para a classe trabalhadora.
Ele lembrou que as mobilizações das centrais sindicais para ajudar a alimentar quem mais necessita serão um dos pontos principais das manifestações do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
“A fome está voltando nas grandes cidades, em especial nas periferias, e sabemos que a saída para isso é o país voltar a crescer e gerar empregos. Mas também sabemos que com Bolsonaro isso é praticamente impossível. Quem está passando necessidade não tem tempo para esperar, por isso, é de fundamental importância a solidariedade, uma marca do movimento sindical, que deve ajudar a comunidade onde está instalado. O momento é desesperador, não há como ficar em isolamento sem emprego e sem comida”, alertou.
De acordo com levantamento divulgado em dezembro de 2020 pela Rede Brasil de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 19 milhões de pessoas passam fome no Brasil.
O presidente do Sindicato, Raimundo Suzart, convocou novamente as empresas e os trabalhadores para manter a unidade em torno da campanha.
“Não vamos resolver o problema da fome em nosso país, mas vamos amenizar a fome de muitas famílias, vamos fazer com que várias crianças possam ao menos ter uma refeição decente por dia. Vamos juntos aumentar essa arrecadação”, ressaltou.