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Super SUS: o jogo eletrônico que fala o que realmente o Sistema Único de Saúde (SUS) faz

09/08/2019 às 20h42

O aplicativo lançado pela Fiocruz durante a 16ª Conferência Nacional de Saúde traz para o cidadão, de uma forma lúdica, seus direitos na área de saúde e os serviços oferecidos pelo SUS

Durante a 16ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília de 4 a 7 de agosto, a Fiocruz Pernambuco lançou o jogo eletrônico Super SUS: um aplicativo para celular que tem por objetivo contribuir para que o cidadão conheça os seus direitos no campo da Saúde Pública, descubra os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que ainda são pouco conhecidos pela maioria da população e vista a camisa na defesa desse importante serviço público.

“O jogo é inspirado na conquista do direito a saúde com o Sistema Único de Saúde (SUS), assim o jogador assume o papel do SUS e percorre trajetórias de lutas e conquistas. Em um passeio pela rede de saúde, cada fase do jogo envolve atividades que são ofertadas como serviços e/ou programas do SUS, cada desafio cumprido o jogador vai acumulando conquistas e alcançando objetivos do desenvolvimento sustentável – ODS (com dimensões ambientais, sociais e econômicas). O objetivo do SUPERSUS é estimular o cidadão a reconhecer seus direitos em saúde e fazê-lo vestir a camisa do SUS”, explica o aplicativo em sua introdução.

A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento é a Islândia Carvalho, presente no stand da Fiocruz no lançamento em Brasília. “A recepção tem sido muito boa. O fato do jogo abordar o SUS como um super-herói conquistou profissionais de saúde que ratificaram que são mesmo Super e são SUS. Além disso, passaram pelo stand muitos profissionais que salientaram a importância de ter um jogo que fale o que realmente o SUS faz”, pontuou Islândia à reportagem da Agência Fiocruz.

O SuperSUS está disponível, gratuitamente, aqui

 

Em defesa do SUS

No Dia Nacional da Saúde, 5 de agosto, foi realizado um ato em defesa do SUS abrindo a programação do segundo dia da 16ª Conferência Nacional de Saúde.

Gestores públicos, profissionais, autoridades e usuários da rede de atendimento se reuniram em defesa da melhoria do financiamento da saúde, um dos temas da Conferência.

A reivindicação é pelo fim da Emenda Constitucional 95, conhecida como PEC do teto dos gastos, que congelou a parte do orçamento público destinado à área da saúde e a setores como a educação.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, afirmou que dados da Organização Pan-Americana de Saúde mostram o problema, e os profissionais da saúde veem no dia-a-dia a diminuição do atendimento, a volta de doenças que não existiam mais, demora maior nas consultas e exames e falta de medicamentos. “Tudo isso é consequência da falta de financiamento do SUS”, disse à EBC.

Para piorar a situação, no mês passado, o Ministério da Saúde rompeu contratos com laboratórios para a produção de 19 medicamentos, que deixarão de ser distribuídos gratuitamente pelo SUS. Com isso, cerca de 30 milhões de pacientes, que dependem desses tratamentos, ficarão desamparados.

Com informações da Agência Fiocruz e Nexo Jornal