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Aprovada por 379 votos a 131, luta contra a Reforma da Previdência agora é no Senado

11/07/2019 às 17h33

Representantes da CUT que estão em Brasília acompanhando a votação convocam à mobilização: Sabemos o jogo que há por trás de tudo isso, mas ainda não acabou. Tem a votação no Senado. Vamos fazer tudo que tiver de ser feito, até o fim, contra essa reforma.

Por 379 votos a 131, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (10) o texto base da reforma da Previdência, segundo relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Eram necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados). O texto será agora submetido ao segundo turno de votação e  depois segue para o Senado. 

Para as centrais sindicais, cujos representantes estão em Brasília pressionando os parlamentares e acompanhando a votação da reforma da Previdência, a luta agora é no Senado. “Vamos pressionar os 81 senadores e senadoras a dizer não a esse texto da reforma da Previdência. Lutaremos até o fim para impedir essa crueldade com as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros”, destacou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Reforma está custando caro aos cofres públicos

O governo Bolsonaro jogou pesado e com muito dinheiro dos cofres públicos para garantir os votos favoráveis. Somente em julho e às vésperas da votação, o governo liberou mais de R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares distribuídas cirurgicamente para beneficiar os deputados aliados, segundo apuração da ONG Contas abertas e dados oficiais.

O presidente também gastou R$ 40 milhões em propaganda enganosa e maciça veiculada nos horários nobres de rádio e televisão para convencer a população de que essa proposta é necessária para “promover justiça social, ampliar a capacidade de investimento e gerar empregos”.

Mentira                                                           

Assim como aconteceu com a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, a Reforma da Previdência também não levará o país ao crescimento econômico e à geração de emprego, afirmam os sindicalistas.

“Falaram, à época, que seriam gerados 2 milhões de empregos com a Reforma Trabalhista. Passados quase dois anos, o que temos são 13 milhões de desempregados, mais de 26 milhões de desalentados e o aumento da informalidade, da precarização do emprego, a redução da renda e o País em crise, estagnado. O mesmo acontecerá com essa reforma da previdência”, afirma Vagner Freitas                            

Por isso, o presidente da CUT convoca: “Vamos marcar o nome de cada um desses deputados e deputadas que votaram a favor dessa reforma, vamos denunciá-los nas redes sociais, nas bases eleitorais deles como traidores da classe trabalhadora. É nosso dever”.

Esses parlamentares, afirma Vagner, não podem se eleger em 2020 (aqueles que concorrerem a prefeituras) nem ser reeleitos ao Parlamento federal. “Não voltarão à Câmara e ao Senado, como aconteceu com a maioria dos que votaram a favor da reforma trabalhista em 2017. Nós temos condições de puni-los nas urnas”, afirmou Freitas.

A CUT está convocando os sindicatos e os movimentos sociais a prosseguir e intensificar a resistência, o enfrentamento e a luta contra a reforma da Previdência. “Nós sabemos o jogo que há por trás de tudo isso, mas ainda não acabou. Tem a votação no Senado. Vamos fazer tudo que tiver de ser feito, até o fim, contra essa reforma”.

Mobilização continua

A CUT e demais centrais sindicais, com o apoio das Frentes (Brasil Popular e Povo Sem Medo) e movimentos sociais, fizeram duas greves gerais com quase 100 milhões de trabalhadores, manifestações gigantescas, e diversas formas de enfrentamento para barrar a reforma da Previdência.

“Essas mobilizações conseguiram retirar da proposta itens caros ao governo Bolsonaro, como a capitalização, a aposentadoria dos trabalhadores rurais e de uma série de outros trabalhadores. Foram vitórias da nossa mobilização permanente, das ações e da greve geral. Vamos lutar muito por mais vitórias como essas”.

A PEC 006/2019 está prevista para ir ao Senado no segundo semestre.

Como votou cada deputado:

Partido Político: Cidadania

• Alex Manente (SP) – SIM
• Arnaldo Jardim (SP) – SIM

Partido Político: DEM

• Alexandre Leite (SP) – SIM
• David Soares (SP) – SIM
• Eli Corrêa Filho (SP) – SIM
• Geninho Zuliani (SP) – SIM
• Kim Kataguiri (SP) – SIM

Partido Político: MDB

• Baleia Rossi (SP) – SIM
• Herculano Passos (SP) – SIM

Partido Político: NOVO

• Adriana Ventura (SP) – SIM
• Alexis Fonteyne (SP) – SIM
• Vinicius Poit (SP) – SIM

Partido Político: PCdoB

• Orlando Silva (SP) – NÃO

Partido Político: PDT

• Tabata Amaral (SP) – SIM

Partido Político: PL

• Capitão Augusto (SP) – SIM
• Luiz Carlos Motta (SP) – ausente
• Marcio Alvino (SP) – SIM
• Miguel Lombardi (SP) – SIM
• Paulo Freire Costa (SP) – SIM
• Policial Katia Sastre (SP) – SIM
• Tiririca (SP) – NÃO

Partido Político: Podemos

• Pr. Marco Feliciano (SP) – SIM
• Renata Abreu (SP) – SIM
• Roberto de Lucena (SP) – SIM

Partido Político: PP

• Guilherme Derrite (SP) – SIM
• Guilherme Mussi (SP) – SIM
• Ricardo Izar (SP) – SIM

Partido Político: PRB

• Celso Russomanno (SP) – SIM
• Marcos Pereira (SP) – SIM
• Maria Rosas (SP) – SIM
• Milton Vieira (SP) – SIM
• Roberto Alves (SP) – SIM
• Vinicius Carvalho (SP) – SIM

Partido Político: PSB

• Jefferson Campos (SP) – SIM
• Luiz Flávio Gomes (SP) – SIM
• Rodrigo Agostinho (SP) – SIM
• Rosana Valle (SP) – SIM

Partido Político: PSC

• Gilberto Nascimento (SP) – SIM

Partido Político: PSD

• Cezinha de Madureira (SP) – SIM
• Marco Bertaiolli (SP) – SIM

Partido Político: PSDB

• Bruna Furlan (SP) – SIM
• Carlos Sampaio (SP) – SIM
• Eduardo Cury (SP) – SIM
• Samuel Moreira (SP) – SIM
• Vanderlei Macris (SP) – SIM

Partido Político: PSL

• Abou Anni (SP) – SIM
• Alexandre Frota (SP) – SIM
• Carla Zambelli (SP) – SIM
• Eduardo Bolsonaro (SP) – SIM
• General Peternelli (SP) – SIM
• Guiga Peixoto (SP) – SIM
• Joice Hasselmann (SP) – SIM
• Júnior Bozzella (SP) – SIM
• Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) – SIM

Partido Político: PSOL

• Ivan Valente (SP) – NÃO
• Luiza Erundina (SP) – NÃO
• Sâmia Bomfim (SP) – NÃO

Partido Político: PT

• Alencar Santana Braga (SP) – NÃO
• Alexandre Padilha (SP) – NÃO
• Arlindo Chinaglia (SP) – NÃO
• Carlos Zarattini (SP) – NÃO
• Nilto Tatto (SP) – NÃO
• Paulo Teixeira (SP) – NÃO
• Rui Falcão (SP) – NÃO
• Vicentinho (SP) – NÃO

Partido Político: PV

• Enrico Misasi (SP) – SIM

Partido Político: Solidariedade

• Paulo Pereira da Silva (SP) – NÃO