Evento integra projeto para revitalização da rede de trabalhadores na BASF América do Sul
Os enormes desafios colocados pela Indústria 4.0 e a indignação com os imbróglios jurídicos/políticos envolvendo a prisão do ex-presidente Lula foram os pontos mais destacados pelos participantes na Reunião da Rede Sindical da BASF América do Sul durante os trabalhos da manhã desta segunda-feira, 9 de julho, em São Paulo.
Além dos brasileiros, participam da atividade lideranças químicas da Alemanha, Chile, Peru e Argentina, que chegaram ao Brasil no domingo, 8/7, em meio às manobras para manter Lula preso, apesar do mandato de soltura expedido pelo desembargador Rogério Favreto.
“A luta do Brasil é a luta do movimento sindical global. É inaceitável o golpe que demoliu as instituições democráticas que os brasileiros levaram muito tempo para construir. Mais do que nunca, a Campanha Lula Livre continua e neste encontro vamos deixar uma mensagem bem clara: queremos LULA LIVRE”, enfatizou o secretário-geral adjunto de IndustriALL Global Union em sua saudação.
A presidenta da CNQ, Lucineide Varjão, que integra o comitê executivo de IndustriALL para América Latina e Caribe, disse que todos estariam o tempo todo atentos aos desdobramentos da situação nesta segunda-feira, 9.
Ela compôs a mesa de abertura da reunião ao lado do diretor do Sindicato Aírton Cano, Coordenador da Rede Sindical América da BASF na América do Sul; Kemal Özkan, secretário-geral adjunto de IndustriALL Global Union; Herbert Passos Filho, vice-presidente da Fequimfar – Força Sindical Hélio Rodrigues, Secretário de Relações Internacionais da CNQ/CUT Michael Wolters, IGBCE.
Indústria 4.0
A chamada quarta revolução industrial, que já está impactando não só o mundo do trabalho, mas a sociedade como um todo também é um dos temas que será discutido na reunião e estará entre os pontos a ser conversado com representantes da empresa no Diálogo Social, até porque a BASF é uma das empresas pioneiras no mundo na implantação das tecnologias cibernéticas.
“Sabemos que haverá grandes mudanças, mas ninguém sabe ande que isso vai levar. A força de trabalho atual precisa ser treinada para lidar com as novas tecnologias e o mais rápido possível”, pontuou Michael Wolters, informando que a Comissão de Fábrica da matriz da BASF (Ludwigshafen) fará uma apresentação no Diálogo Social, abordando como os trabalhadores estão lidando com isso na planta.
Diálogo Social
As reuniões regionais como esta são importantes para a troca de informações e experiências, além da capacitação dos membros da rede para discussões mais amplas com o objetivo de estabelecer um diálogo social relevante com os empregadores.
A reunião regional está sendo realizada pelo IndustriALL Global Union, em parceria com a Fundação Friedrich Ebert (FES) e apoio da CNQ-CUT. A programação segue nesta terça-feira, 10, e na quarta-feira, 11, será realizado o Diálogo Social com os representantes da multinacional alemã.
Representando o ramo químico da CUT, participam da atividade também o secretário de administração da CNQ, Sergio Novais, trabalhador da BASF e um dos criadores da rede de trabalhadores na BASF no Brasil e na América do Sul; o secretário de relações internacionais da CNQ, Hélio Rodrigues.
O presidente do Sindicato, Raimundo Suzart, participou dos trabalhos do primeiro dia, levando a saudação e o apoio da categoria química do ABC ao trabalho da Rede de Trabalhadores na BASF.