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LIVRO DE LULA: A verdade vencerá. O povo sabe porque me condenaram

19/03/2018 às 13h00

Confira artigo do ex-presidente do Sindicato, Remigio Todeschini, que esteve presente ao lançamento na última sexta-feira, 16

Por Remígio Todeschini

No último dia 16 de março, com a plenária e quadra dos sindicatos dos químicos de São Paulo apinhada de populares, militantes e dirigentes sindicais foi lançado o Livro de Lula que fala de sua condenação.

Esse lançamento contou com a presença de dirigentes da Fetquim- CUT e por dezenas de dirigentes sindicais químicos, além de aposentados.

 

O livro surgiu como idéia da editora da Livraria Boi Tempo, Ivana Jinkings, levada por ela ao ex-presidente Lula, logo após o jogo de cartas marcadas de sua condenação pela Tribunal Federal de Porto Alegre no início de fevereiro. Prontamente Lula topou a parada e se submeteu a uma rodada de entrevistas em que participaram a própria Ivana, o Professor Gilberto Maringoni da UFABC, Juca Kfouri, jornalista esportivo e Maria Inês Nassif, jornalista de economia.

O livro que é um depoimento do próprio Lula conta com diversos comentários como de Luis Fernando Veríssimo, Luis Felipe Miguel, Eric Nepomuceno, Rafael Valim e Luiz /Felipe Alencastro. Traça a perseguição judicial sofrida pelo ex-presidente Lula, sem qualquer prova.  Mostra que está em curso a destruição das instituições políticas e jurídicas de nosso país. Denuncia a escalada de intolerância e preconceito potencializada pelo golpe de abril de 2016, que também fez nos últimos dias como vítima a vereadora do Psol do Rio de Janeiro Marielle Franco.

O relato do livro mostra que a perseguição sofrida pelo ex-presidente Lula transcende em muito a questão individual ou partidária. Lula é uma das raras lideranças brasileiras com reconhecimento global no combate à fome e luta pelo direito dos menos favorecidos e recentemente indicado para o prêmio Nobel de Paz. . Infelizmente a Justiça brasileira vem amesquinhando seu papel de guardiã do Estado, e aproveitando-se para reforçar penduricalhos salariais nos seus gordos salários.  Com a condenação de Lula, sem provas, em base de mentiras, estreita a aplicação do direito e da Constituição. Pior, que nesse momento, os que usurparam o poder, são uma quadrilha que retira direitos dos mais pobres e trabalhadores, permite a concentração de renda, estabelece a regressão econômica e avilta a soberania nacional com a venda das estatais.

Na abertura do lançamento, vários oradores enfatizaram a violência sofrida por Lula. Muitos reafirmaram que Lula é Inocente e deve ser candidato à Presidente. Apelos foram dirigidos para que retomemos a democracia social no país. Pipocaram gritos de repúdio ao governo Temer. Lula referiu-se à condenação sofrida como um ato de barbárie, baseado em mentiras, e na teoria fantasiosa do domínico do fato, em que bastam somente delações mentirosas e acusações mentirosas por parte da Polícia Federal, Ministério Público e os juízes que o julgaram. Lula disse que o livro relata a verdade. Denunciou o assassinato de Marielles e que a luta deve ser contínua contra todo o tipo de opressão.  Alertou que se sua prisão arbitrária se efetivar será o 1º preso político no século XXI.

No final Lula conclamou a todos para a continuação da luta pela democracia e pela melhor distribuição de renda, denunciando que os ricos no país pagam poucos impostos, e que os trabalhadores e a classe média tem uma carga de impostos desproporcional.

Foi aplaudido longamente e seguiu depois dando autógrafos aos que tinham adquirido o livro. O livro pode ser adquirido em diversas livrarias ou pelo site: www. boitempoeditorial.com.br

Remígio Todeschini  é ex-presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, pesquisador e assessor da Fetquim-SP