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Greve dia 19/2: assembleias dos condutores de São Paulo e metalúrgicos do ABC aprovam adesão ao movimento

08/02/2018 às 23h01

Os motoristas de São Paulo aprovaram a greve contra o fim da aposentadoria, caso o governo coloque a proposta. A decisão foi tomada na assembleia realizada nesta quarta-feira, 7. Também ficou marcada uma nova plenária da categoria no próximo dia 16 para organizar a participação na greve do dia 19.

Os metalúrgicos do ABC também aprovaram a realização de greve no próximo dia 19 contra a reforma da Previdência. A decisão foi tomada por unanimidade na noite desta quarta-feira (8) em assembleia popular realizada em frente à sede do sindicato da categoria, em São Bernardo do Campo, que também contou com a participação de parlamentares, movimentos sociais e outras categorias profissionais.

Bancários de São Paulo, Osasco e região apoiam a jornada de ações contra a reforma e realizarão diversas assembleias em locais de trabalho entre esta quinta-feira (8) e a próxima semana para ratificar adesão da categoria na greve nacional. 

Trabalhadores no setor de transporte urbano em São Paulo também tendem a aderir à greve, e fecham a questão em plenárias marcadas para o para o próximo dia 16. 

Assim está sendo a reação dos trabalhadores já que a proposta de reforma da Previdência está prevista para ser votada entre os dias 20 e 28, como anunciou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Reforma de Temer acaba com aposentadoria por tempo de contribuição e diminui valor do benefício

A reforma da Previdência que está para ser votada na Câmara dos Deputados acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, reduz o valor dos benefícios e institui a idade mínima obrigatória para todos os trabalhadores do campo e da cidade.

Se a nova proposta for aprovada, para receber 60% da média salarial do primeiro e mais baixo até o último salário, os trabalhadores e as trabalhadoras terão de ter 62 anos de idade, no caso das mulheres; e 65 anos, os homens. Em ambos os casos, é preciso contribuir com o INSS durante no mínimo 15 anos para ter direito à aposentadoria.

O valor da aposentadoria vai diminuir em praticamente todas as faixas. A reforma prejudica todos trabalhadores, em especial os mais pobres que começam a trabalhar mais cedo, estão nas piores ocupações, com os salários mais baixos, ficam mais tempo desempregados ou na informalidade. Eles vão ter de ficar muito mais tempo trabalhando e contribuindo para conseguir se aposentar.

Como é hoje

Hoje, os trabalhadores da iniciativa privada podem se aposentar por tempo de contribuição e por idade.

Para se aposentar por tempo de contribuição e receber 100% do valor do benefício, as mulheres têm de contribuir por no mínimo 30 de contribuição e, os homens, 35. A soma da idade com o tempo de contribuição tem de dar 85 no caso das mulheres e 95 no dos homens. Para professores, o fator é 80/90 e a contribuição mínima é de 23 anos (mulheres) e 30 (homens)

Quanto aos cálculos do valor do benefício são feitos com base nos 80% maiores salários recebidos ao longo da vida laboral.

Já as regras da aposentadoria por idade exigem que as mulheres tenham 60 anos de idade e 15 de contribuição e que os homens tenham 65 anos de idade e 15 de contribuição para terem direito a 100% do valor do salário benefício, que é a soma das 80% maiores contribuições feitas do primeiro ao último emprego.