Químicos do ABC reforçam importância de constar na Convenção Coletiva a proteção à gestante e homologações no Sindicato
A primeira rodada de negociação salarial da Campanha de 2017 do Setor Químico, realizada dia 20 passado em São Paulo, estabeleceu a intenção de trabalhadores e empresários fecharem acordo em dois pontos: prorrogação de mais um ano das cláusulas sociais e criação de uma Comissão paritária para discutir as mudanças da Reforma Trabalhista ao longo de 2018.
O coordenador político da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT em SP (Fetquim) e diretor do nosso Sindicato, Aírton Cano, destacou que a manifestação positiva do setor patronal em discutir a reforma trabalhista contempla a preocupação dos sindicatos. “Nós aceitamos a proposta da Comissão porque isso significa que não haverá na Convenção Coletiva deste ano as mudanças da reforma trabalhista”, disse.
Saudando a cultura de diálogo e bom senso das negociações entre trabalhadores e empresários do Setor Químico, o coordenador do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Oswaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, lembrou que “a reforma trabalhista pode criar um ambiente de barbárie” e que “Num ambiente evoluído talvez nem se precisasse de convenção nem de CLT, mas elas existem porque existem desrespeitos aos direitos”, enfatizou.
Cláusulas novas
Os representantes dos trabalhadores não entenderam que foram encerradas as negociações sobre as cláusulas sociais. O presidente do nosso Sindicato, Raimundo Suzart, pediu a compreensão dos empresários para a necessidade de incluir duas cláusulas novas da Convenção Coletiva deste ano para amenizar os efeitos da reforma.
São elas:
1. Proteção à saúde da gestante, proibindo que ela trabalhe em local insalubre (a reforma permite que a trabalhadora grávida seja exposta à insalubridade);
2. Homologações de trabalhadores com mais de um ano de casa nos sindicatos para averiguação do pagamento correto das verbas rescisórias (a Reforma estabelece que as rescisões não precisarão mais serem homologadas nos sindicatos e podem ser feitas diretamente com o empregador).
A segunda rodada de negociações, com a discussão especialmente das cláusulas econômicas: reajuste do salário, da PLR e do Piso, ficou marcada para a próxima sexta-feira, dia 27.
Com informações da Fetquim