Não houve negociação. Trabalhadores lutam por aumento real, PLR, redução da jornada e plano de carreira
Os cerca de 50 trabalhadores da empresa Inaflex, fabricante de mangueiras de precisão, localizada em São Bernardo do Campo, estão em greve desde a tarde desta terça-feira, 4 de novembro.
O movimento grevista foi deflagrado após os trabalhadores tomarem conhecimento de que todas as reivindicações específicas apresentadas pelo Sindicato à empresa foram negadas.
“Não tivemos nenhum avanço nas negociações e os trabalhadores estão revoltados. Querem respeito, por isso decidiram pela greve”, afirma o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC Sergio Carasso, que acompanha a paralisação.
Os trabalhadores reivindicam aumento real superior ao da Convenção Coletiva, que é de 1,1%, programa próprio de PLR, redução na jornada e plano de carreira.
Assembleia realizada nesta quarta-feira decidiu pela manutenção da greve. Os diretores do Sindicato e os membros do Sistema Único de Representação (SUR) estão tentando dialogar com a empresa, mas até o momento não houve avanço.
“Antigamente a empresa negociava com o Sindicato, mas agora ela contratou uma consultoria que só recebe o Sindicato para falar não às reivindicações, não há diálogo”, comenta o dirigente químico.
Nesta quinta-feira, será realizada nova assembleia, às 7h da manhã, para decidir sobre os rumos da mobilização para que as reivindicações sejam atendidas.