Evento no dia 13/5, em Mauá, reunirá especialistas para analisar situação atual e perspectivas para o desenvolvimento sustentável do setor
A indústria química está em destaque na agenda regional neste mês de maio. Três importantes atividades chamam a atenção para os desafios que o setor enfrenta em busca de desenvolvimento sustentável.
Em 5 de maio, a Direção Executiva do Sindicato dos Químicos do ABC foi recebida em audiência na assembléia mensal de prefeitos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Na ocasião, foi feita a entrega aos prefeitos do caderno com as resoluções do XI Congresso da categoria, realizado em março do ano passado, que debateu a conjuntura econômica e setorial em seus diferentes níveis: internacional, dada a globalização e a grande presença de indústrias transnacionais no setor químico brasileiro; nacional, dadas as iniciativas de política industrial em curso que afetam positivamente a indústria química no Brasil; e, especialmente, regional, pois é no ABCD que estão os mais de 40 mil trabalhadores representados pelo Sindicato e onde se fazem sentir os processos de reestruturação que estão reconfigurando a indústria química nacional, sobretudo a petroquímica.
No dia seguinte, 6/5, foi apresentado o estudo “A importância da indústria química no desenvolvimento econômico do Grande ABC”, realizado pela consultoria Maxiquim, com apoio do Sindicato dos Químicos do ABC, da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, da Braskem e Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.
Os dados mostram que o setor químico no ABC, com seus diversos segmentos (petroquímico, plásticos, borracha, tintas, cosméticos, entre outros), é responsável por 13,7% do faturamento do setor no Brasil, o equivalente a 49,5 bilhões de reais ao ano, e emprega 50.139 trabalhadores, com remuneração média mensal é de R$ 3.038 – 2,3 vezes maior do que a média da indústria de transformação no país.
A indústria química contribui de forma altamente positiva para o desenvolvimento econômico local. Em 2011, dado mais recente disponível, o Valor Adicionado Fiscal (VAF) gerado pela indústria química no ABC foi de R$ 10,2 bilhões, embora no ano 2000 tenha sido de R$ 13,6 bilhões.
O estudo confirma que a indústria química, pioneira na região, atravessa momento decisivo de definição de rumos para consolidar sua trajetória de crescimento, gerando empregos e contribuindo para a atividade econômica regional.
E o seminário regional “Indústria Química no ABCDMRR: situação atual e propostas para o desenvolvimento sustentável”, a ser realizado dia 13/5, culminará esta intensa semana de análise e elaboração de proposta sobre os rumos da indústria na região.
O seminário vem sendo preparado há dois meses em conjunto com o Sindicato dos Petroleiros, o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Grande ABC, as Prefeituras de Mauá, de Santo André e de São Bernardo do Campo, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, o CIESP Santo André e a Braskem.
Oferecerá oportunidade para promover debate com os principais atores regionais sobre perspectivas para o desenvolvimento sustentável do setor e, principalmente, será ocasião para o lançamento público do Grupo de Trabalho Químico do ABC, com propósito de articular os atores regionais e suas demandas com vistas a potencializar ações para o desenvolvimento sustentável do setor na região.
Entre os palestrantes confirmados, estão: Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC; Raimundo Suzart, diretor do Sindicato dos Químicos do ABC e coordenador da FETQUIM-CUT (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo); Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC; Donisete Braga, prefeito de Mauá; Carlos Grana, prefeito de Santo André; Deputado Federal Vanderlei Siraque, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Indústria Química, Petroquímica e Plástica; Fernando Figueiredo, Presidente-Executivo da ABIQUIM; Pedro Teruji Minamidani, coordenador técnico do Núcleo de Tecnologia Química da Escola SENAI Mario Amato; e Flavio Chantre, Relações Institucionais da Braskem em São Paulo e Rio de Janeiro.
Dessa forma, o Sindicato apóia, concretamente, a Política Industrial proposta pelo Governo Federal, buscando um “acordo social tripartite” da indústria química, com crescimento, geração de emprego, trabalho decente, diálogo social e negociação coletiva, com Organização no Local de Trabalho.
Seminário Regional Indústria Química no ABCDMRR: situação atual e propostas para o desenvolvimento sustentável
Data: 13 de maio de 2014, terça-feira. Horário: 9h00 às 12h30
Local: Centro de Formação de Professores Miguel Arraes
Rua Rio Branco, 183, Centro, Mauá, SP