Os sindicatos integrantes da Rede de Trabalhadores(as) no Grupo Solvay Mercosul decidiram realizar um protesto na manhã desta quarta-feira (17) na Solvay Indupa de Santo André para pressionar por informações e acabar com o clima de incerteza que se abateu sobre os trabalhadores de Santo André e de Bahía Blanca após o anúncio da venda das respectivas unidades.

A decisão foi tomada na abertura do VIII Encontro da Rede, que acontece nesta terça e quarta-feira, em São Bernardo, tendo como principal discussão as incertezas sobre o futuro das unidades Solvay Indupa de Santo André (SP) e Bahía Blanca (Argentina), colocadas à venda pelo Grupo em fevereiro deste ano, que anunciou sua saída do segmento de PVC.

Abertura

A mesa de abertura do VIII Encontro, coordenada por Marcelo Faiazzo (Sindicato dos Químicos de Bahía Blanca – Argentina), foi composta pela coordenadora da CNQ-CUT, Lucineide Varjão, pelo representante do sindicato global IndustriALL e também diretor executivo da CNQ-CUT, Sergio Novais, pelo coordenador da Fetquim-SP, Raimundo Suzart, e pelo presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage.

Após as saudações, os participantes decidiram pela realização do protesto. “Estamos hoje reunidos e queremos respostas”, enfatizou o secretário de administração e finanças do Sindicato dos Químicos do ABC, Juvenil Nunes da Costa, que é membro da coordenação da Rede e trabalhador da Solvay Indupa de Santo André. “Diferente dos encontros anteriores, em que a pauta era a contrução e evolução da nossa Rede, hoje tememos se a Solvay Indupa continuará existindo,  se a Rede continuará existindo”, completou

Programação

A programação do primeiro dia dos trabalhos prevê as discussões sobre a situação econômica do Grupo no mundo e na região em geral e a situação da empresa nas localidades de Solvay Indupa de Santo André e de Bahía Blanca após o anúncio da venda e saída do mercado de PVC, e situação nas demais localidades brasileiras.

Na manhã de quarta-feira, as atividades se iniciam com o protesto  na Solvay Indupa de Santo André. Em seguida, a Rede será recebida pela gerência da unidade com o objetivo de buscar mais informações sobre o futuro das unidades brasileira e argentina, além de cobrar um compromisso de responsabilidade social da multinacional.

Encerrando o encontro, os participantes irão elaborar e planejar ações da Rede diante da reestruturação industrial realizada sem consulta aos trabalhadores e suas representações na América Latina.