Por José Evandro Alves da Silva*
Quando candidato a presidente da República em 2022 Lula prometeu, até o final de seu mandato, caso eleito, isentar do pagamento de impostos os trabalhadores que ganham até 5 mil reais (cerca de 80% dos contribuintes).
Promessa cumprida! Lula está enviando agora mesmo ao Congresso um projeto de Lei para colocar em prática essa medida. O dinheiro deixado de arrecadar, deverá ser coberto por um aumento do imposto daqueles que ganham mais de 50 mil reais por mês ou 600 mil reais por ano. Esses deverão pagar 10% do seu vencimento, 5 mil reais por ano, o que também não é muito, mas já é suficiente. Dessa forma, diminuirá a diferença entre quem ganha mais e quem ganha menos. Uma medida de justiça tributária.
Outras medidas ajudarão a melhorar o caixa do governo, como o fim gradual da isenção de impostos de alguns setores econômicos, a taxação dos militares de alta patente que aposentam com salário integral e hoje não contribuem para o sistema público, e o fim de regalias absurdas, como aquela que permite que a pensão de militares seja transferida para as filhas até que se casem. Com essa mamata, esse dinheiro fácil todo mês na conta, o que acontece é que filha de militar não casa no Brasil. Ficam solteiras a vida toda. Absurdo! Outra medida de justiça tributária.
O governo também planeja acompanhar com lupa a execução orçamentária de alguns programas sociais. Infelizmente, tem muito picareta sem-vergonha recebendo dinheiro do governo sem precisar. E a maioria desses, se for ver, são bolsonaristas e críticos desses programas, sob o argumento de que é para “sustentar a pobreza”. Mentira!
Os programas do governo Lula visam apoiar aqueles que necessitam se levantar. Além disso, ao dar dinheiro para os de baixo da escala social, ajuda os de cima a ganhar mais, já que o consumo dos bolsistas movimenta a economia, gerando emprego e renda em toda a cadeia de valores. Ou seja, todos ganham! E mais, nenhum bolsista se orgulha de viver de ajuda às custas do Estado. Mas sabem que precisam desse apoio para se levantar e seguir adiante.
Vamos ver agora como votam os deputados, de que lado estão: se dos mais ricos ou do lado dos mais pobres a quem pediram votos, recentemente. Nós, estaremos de olho, acompanhando passo a passo até a aprovação da medida no Congresso.
*José Evandro Alves de Lima é presidente do Sindicato dos Químicos do ABC