Mais uma vez, as mulheres mostram sua força e fazem a diferença, transformando a segunda Roda de Conversa das Mulheres Químicas do ABC em um grande sucesso!
A atividade reuniu, no último sábado (15), trabalhadoras de diversas empresas da região para discutir temas como divisão sexual do trabalho, desigualdade salarial e empoderamento feminino.
O encontro aconteceu na sede da regional Diadema do Sindicato e foi promovido em conjunto pela Secretaria de Formação, Comissão de Mulheres Químicas do ABC e Secretaria de Políticas Sociais.
Com uma estrutura de creche para acolher os filhos e filhas das participantes, a atividade garantiu um espaço de discussão sobre a dupla jornada enfrentada pelas mulheres.
Divisão do trabalho e diferença salarial
A abertura da atividade foi do presidente do Sindicato, José Evandro, que saudou as presentes e reforçou como é indispensável a participação das trabalhadores nas atividades do Sindicato.
“Vocês são muito importantes, podem discutir qualquer tema e podem estar em qualquer lugar da sociedade”, enfatizou o presidente.
Foram debatidas as horas dedicadas ao trabalho remunerado nas fábricas e ao trabalho doméstico não remunerado, ressaltando a importância da divisão de tarefas dentro de casa.
Outro ponto abordado foi a desigualdade salarial. Dados do DIEESE revelam que, na categoria química, as mulheres ganham em média 23% a menos que os homens, mesmo desempenhando a mesma função.
Para as participantes, essas diferenças precisam ser combatida dentro e fora do local de trabalho.
Lugar da mulher é onde ela quer estar!
Durante a discussão sobre empoderamento, uma dinâmica com a “caixa surpresa” provocou reflexões sobre o lugar da mulher na sociedade.
O consenso foi claro: “O lugar da mulher é onde ela quiser estar”. A participação feminina nos cargos de liderança das empresas, na CIPA, no Sindicato e na política foi destacada como essencial para a conquista de direitos.
Outros temas também estiveram em pauta, como o direito de decidir sobre o próprio corpo e a necessidade de ampliar a presença de mulheres no legislativo, onde ainda são minoria na definição de questões como licença gestante e aborto.
A falta de redes de apoio às vítimas de violência e o aumento dos casos de feminicídio também foram debatidos.
Juntas somos mais fortes!
A coordenadora da Comissão de Mulheres Químicas do ABC, Edilene de Morais, celebrou o crescimento da participação feminina nos encontros e reforçou a importância da unidade na luta pelos direitos das mulheres.
“Queremos trazer mais mulheres para as atividades. É fundamental estarmos juntas para nos fortalecer e avançar cada vez mais em busca de direitos, respeito e autonomia”, afirmou Edilene.
A atividade também contou com uma homenagem pelo Dia Internacional da Mulher e a entrega de brindes para as participantes.
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