José Evandro Alves da Silva
Enquanto continua o genocídio na Faixa de Gaza, onde já matou mais de 50 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças indefesas, primeiro com bombas e agora com a fome, Israel ataca a infraestrutura militar e de energia do Irã, dessa vez com o apoio militar direto dos Estados Unidos. Dessa forma, dois governos de extrema-direita colocam o mundo às portas da 3ª Guerra Mundial (a 1ª guerra foi de 1914 a 1918 e a 2ª de 1939 a 1945).
Chamo, uma vez mais, a atenção de nossa militância e dos trabalhadores/as da categoria química para o que está acontecendo no mundo, porque isso impacta diretamente as nossas vidas. O petróleo fica mais caro, o preço dos alimentos aumenta, os investimentos paralisam, empregos deixam de ser criados, exportações e importações declinam, a economia rebaixa e todos perdem: patrões e empregados.
Sem falar na questão humanitária. Estima-se que quase 100 milhões de pessoas perderam a vida nas duas guerras mundiais anteriores. Quantas precisarão morrer dessa vez? E se armas nucleares forem detonadas? Quais as consequências para a vida na face da Terra?
Benjamin Netanyahu deve responder pelos seus crimes de guerra perante os Tribunais Internacionais e pode ser condenado à prisão perpétua. Donald Trump pode sofrer um processo de impeachment porque atacou o Irã sem a aprovação do Congresso, como manda a Constituição dos EUA. Tudo fora “das quatro linhas”. Ditadores agem dessa maneira e, quando processados, negam tudo e se fazem de vítimas. A história não os absolverá e serão lembrados para sempre como genocidas, covardes e facínoras.
José Evandro Alves da Silva é presidente do Sindicato dos Químicos do ABC
