Químicas do ABC marcaram presença na Avenida Paulista, que ficou lilás contra o governo Bolsonaro e por explicação sobre a morte da vereadora Marielle Franco
Mesmo sob chuva, milhares de mulheres tomaram a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (8) para marcar o Dia Internacional das Mulher. Movimentos sociais, partidos de esquerda e coletivos feministas foram às ruas para defender os direitos das mulheres. Na pauta, o combate à violência e ao machismo estrutural, a luta por direitos negados historicamente e protestos contra o governo Bolsonaro e pedidos de explicação sobre a morte de Marielle Franco, que completa dois anos este mês.
A concentração começou por volta das 14h e, a partir das 17h, seguiu em passeata até a Praça Roosevelt, no centro da capital. O ato fez parte de um conjunto de mobilizações em 23 estados, mais o Distrito Federal.
“Estamos aqui para dizer nenhuma mulher a menos. Pela vida das mulheres. Por nossos direitos, pela democracia, por Marielle, Dandaras e contra o Bolsonaro. Este é um dia de luta que as mulheres mostram sua força. Mostramos no #EleNão. É fundamental as mulheres nas ruas para mostrar isso, como Bolsonaro é misógino, fundamentalista, reacionário e ditador. É um grito das mulheres”, disse à reportagem da RBA a ex-ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, extinta após a ascensão do governo de Jair Bolsonaro.
Categoria química do ABC PRESENTE!
A Comissão de Mulheres Químicas do ABC marcou presença na manifestação. Várias lideranças químicas do ABC, da Fetquim e da CNQ-CUT também compareceram para dar seu apoio à luta pela igualdade das mulheres na sociedade, no trabalho e em diversas políticas públicas.
“A manifestação contou com diversos movimentos de mulheres na luta pela igualdade de direitos no mundo do trabalho, de moradia, contra o assédio e violência contra a mulher. Denúncias contra o feminicídio. Igualdade e acesso na educação entre diversos temas. Passeatas dentro desta manifestação bradaram contra as políticas misóginas de Bolsonaro com o grito, adesivos e faixas de FORA BOLSONARO. Alguns coletivos de mulheres também lembraram da importância da luta permanente pela Democracia e Ditadura nunca mais”, relata o ex-presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Remígio Todeschini, presente ao protesto.