Por José Evandro Alves da Silva
O que se espera de um governador quando seu povo é atacado? Que o defenda, claro!
Não é o que fez Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo. Mostrando toda a sua pequenez, preferiu ficar do lado de Trump quando este ataca a economia de nosso país, as nossas empresas e os nossos empregos. Fraco, se sujeita às ameaças de Trump e da família Bolsonaro, que ameaça não apoiar sua reeleição.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma taxa de 50% de aumento sobre todos os produtos brasileiros que entram naquele país e “exigiu” que Lula mande a Justiça parar de “perseguir” o ex-presidente. Por razões ideológicas, Trump põe em risco o emprego de todos os brasileiros para proteger seus amigos da extrema-direita. Pensa que somos uma “república de bananas” e o quintal dos Estados Unidos.
Cerca de 20% de todas as exportações paulistas vão para os EUA, incluindo produtos automotivos, químicos orgânicos e insumos industriais produzidos na região do ABC. Se considerarmos plásticos e filmes para embalagens de produtos de exportação, o impacto sobre o emprego da categoria Química do ABC pode ser ainda maior.
Portanto, faz-se urgente e necessário que os prefeitos e deputados da região, independentemente de partido, exijam do governador Tarcísio um ato de coragem, e não de cabo eleitoral bolsonarista. Como governador, ele tem a obrigação moral, política e constitucional de apoiar o governo federal contra a taxação arbitrária e sem fundamento técnico ou comercial, imposta pelos Estados Unidos. Caso contrário, deve ser processado por traição à pátria e ser destituído do cargo.
José Evandro Alves da Silva é presidente do Sindicato dos Químicos do ABC