O presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, José Evandro, e o secretário de administração Fabio Lins, reuniram-se em audiência no MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em Brasília, nesta terça-feira, 26 de março, para abordar o encerramento da produção de tintas automotivas pela BASF, fechando 150 postos de trabalho no site Demarchi, em São Bernardo.
Eles foram atendidos por Uallace Moreira – Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviço, que recebeu da mãos das lideranças sindicais o estudo do Dieese mostrando a decisão equivocada da empresa diante das perspectivas de crescimento do setor automotivo no Brasil no próximo período.
“O setor automotivo está em crescimento, com grandes investimentos, então é possível a BASF aguardar mais dois ou três anos antes de tomar a decisão de encerrar a produção de tintas automotivas na América do Sul”, aponta o presidente do Sindicato, José Evandro.
Sindicato discorda da decisão da BASF
As lideranças informaram o secretário Uallace que o Sindicato não está medindo esforços em defesa dos empregos e direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da BASF Demarchi e que não está de acordo com a decisão do fechamento do setor de tintas automotivas.
“Para nós, a empresa não deve levar adiante esse processo. Estamos insistindo na solução negociada pela manutenção dos empregos, e não descartamos a greve”, pontuou Fabio Lins, trabalhador na Basf desde março de 1995.
Os companheiros Geralcino, da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT), e Aroaldo, do sindicato global Industriall Brasil, estiveram presentes na reunião, apoiando a luta do Sindicato.
Alckmin e Marinho
Diante da situação, Uallace disse que a equipe do MDIC estudará os dados econômicos e, em seguida, o ministro Geraldo Alckmin se reunirá com o Sindicato e com a CUT.
Dentro da agenda em Brasília em defesa dos empregos na BASF Demarchi, no próximo dia 01/04, os dirigentes sindicais se reunirão com o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
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