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Comitiva de sindicalistas brasileiros realiza ação de solidariedade ao governo e trabalhadores venezuelanos

05/11/2021 às 14h39

Principal objetivo é agradecer e retribuir a ajuda de Nicolas Maduro ao povo brasileiro no pior período da pandemia, enviando oxigênio a Manaus

 

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, acompanhado do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, do secretário de Relações Exteriores da CUT, Antonio Lisboa e do presidente da CUT-Rio, Sando Cesar, está na Venezuela desde o dia 2 de novembro em uma ação de solidariedade ao governo e trabalhadores venezuelanos. A comitiva de sindicalistas brasileiros segue em debates e atividades até o dia 6 de novembro. 

O principal objetivo da visita é retribuir a solidariedade dos trabalhadores venezuelanos ao povo brasileiro durante a pandemia. O governo venezuelano de Nicolás Maduro doou em janeiro deste ano 130 mil litros de oxigênio hospitalar para Manaus (AM), onde pacientes internados com Covid morriam por asfixia. Em retribuição, a CUT fez uma campanha de arrecadação e conseguiu recursos para a compra de uma tonelada de peças de reposição para a usina local.

A Venezuela sofre embargo econômico internacional há seis anos, principalmente dos Estados Unidos, o que impede o país de comprar insumos às suas plantas.

Peña: A vida de cada homem e mulher latino-americano é muito importante para nós

Em Caracas, a comitiva reuniu-se com com Rander Peña, vice-ministro das Relações Exteriores; com o embaixador venezuelano no Brasil, Alberto Castellar, e o vice-ministro e chanceler Carlos Ron, presidente do Instituto Simon Bolívar (foto abaixo). Antes, o presidente da CUT teve encontro com o ministro do Trabalho da Venezuela, José Ramon Rivera.

O chanceler Rander Peña se disse honrado e agradeceu a presença dos sindicalistas brasileiros ao afirmar que “a vinda dessas importantes representações sindicais do Brasil à Venezuela nada mais é do que o interesse mútuo, a expressão genuína de nossos povos de se abraçarem como sempre deveria ter sido e jamais deveria ter sido interrompido”. O governo Bolsonaro não reconhece o presidente Nicolás Maduro, retirou equipe diplomática daquele país e nunca agradeceu a doação de oxigênio feita por Nicolás Maduro.

“Nosso principal interesse [ao doar o oxigênio] era salvaguardar vidas de brasileiros, porque nossa vontade infinita é sempre poder expressar ao povo do Brasil nosso carinho e respeito sincero. Para o povo venezuelano, para o presidente Nicolás Maduro e para a Revolução Bolivariana, é importante a vida de cada homem e cada mulher latino-americano mundo”, disse Peña.

Durante os encontros, Sergio Nobre reafirmou que a unidade e troca de experiência entre todos os trabalhadores e trabalhadoras latino-americanos, por meio de seus representantes legítimos, “é muito importante para o movimento sindical e para a Região, porque temos lutas semelhantes em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia e da soberania de cada país”.

Nobre: Brasil vive pior momento da sua história

No dia 4, a comitiva participou de uma live de quase 2 horas, em Caracas, que foi transmitida à população venezuelana. Nela, Sergio Nobre teve a oportunidade de falar como Bolsonaro está destruindo o Brasil e sobre a importância da unidade do movimento sindical para a classe trabalhadora e sobre as eleições. A live foi comandada pelo vice-chanceler venezuelano Carlos Ron, presidente do Instituto Simon Bolívar. 

“Nunca vi algo semelhante, a classe trabalhadora brasileira vive o pior momento da sua história e as perspectivas são as piores possíveis, porque o país tem um idiota na Presidência da República, que está destruindo tudo, para servir a interesses internacionais. Por isso, a grande luta da CUT, das centrais sindicais é garantir proteção social aos trabalhadores e vencer as eleições presidenciais do ano que vem, elegendo Lula, para mudar esse quadro que é o pior da nossa história”, afirmou Sergio aos venezuelanos que acompanharam a atividade.

Na programação da comitiva está ainda a visita aos trabalhadores da Usina Sidor, em Orinoco, que doou oxigênio hospitalar a Manaus, em janeiro. Ato solidário nunca reconhecido nem agradecido pelo governo brasileiro. 

A cobertura completa da visita da comitiva de sindicalistas à Venezuela está no site da CUT Nacional: www.cut.org.br

Fonte: CUT