Sindicalistas apontam para ampliação dos protestos e greves no próximo período para defender direitos e a democracia
Durante dois dias, sindicalistas de diferentes categorias avaliaram a conjuntura frente aos retrocessos no campo econômico, político e social na 16° Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’, realizada dias 27 e 28 de agosto.
A atividade teve formato de videoconferência em virtude da pandemia de covid-19.
Foi unânime nos debates a defesa de um projeto de industrialização e desenvolvimento sustentável no estado, visando gerar emprego decente e renda.
De igual forma, se apontou para a construção de mobilizações contra a terceirização, pela revogação das organizações sociais (OSs) e pelo fim da privatização e do desmonte do sistema Petrobrás, Eletrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
A curto prazo, além do enfrentamento ao governo de João Doria (PSDB) no estado, demarcando lutas, greves e a participação no próximo ato do Grito dos Excluídos e Excluídas, no dia 7 de setembro, no Vale no Anhangabaú, no centro da capital, os dirigentes definiram pela participação nas ações pelo “Fora Bolsonaro” e em defesa das eleições democráticas de 2022.
Com relação à pandemia, aprovou-se a luta em prol da quebra de patentes das vacinas de covid-19, na defesa da produção de insumos pela indústria brasileira.
Bandeiras de Luta
Entre as bandeiras de luta, as entidades sindicais seguirão mobilizadas contra a Medida Provisória (MP) 1045, da reforma trabalhista do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que, na prática, reduzirá valor dos salários, dificultando a atuação sindical e o acesso gratuito à Justiça do Trabalho.
Assim também, CUT-SP e sindicatos seguirão organizados contra a reforma Administrativa por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, de 2020, do governo Bolsonaro e contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 26, de 2021, do governo Doria.
Comunicação e Formação
Frente ao papel dos veículos de comunicação no país e o uso nas novas tecnologias, a plenária da CUT-SP aprovou a implementação do projeto “Brigadas Digitais”, um processo massivo de mobilização, formação e organização em comunicação digital para fazer o enfrentamento ao bolsonarismo.
A proposta é preparar 63.390 comunicadoras e comunicadores, criando 5.730 Brigadas Digitais da CUT em todo país para fortalecer a disputa de narrativa.
“A unidade alcançada pelas forças políticas presentes na plenária resulta em um plano de lutas que nos prepara para enfrentar não só os desafios do próximo período, mas também fortalece a mobilização e a organização dos ramos e sindicatos CUTistas para frear o movimento golpista e antidemocrático capitaneado por Bolsonaro e seus apoiadores, bem como para enfrentar os mandos e retiradas de direitos promovidos por Doria em São Paulo”, afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.
A cobertura completa da 16ª Plenária pode ser acessada no site da CUT-SP: https://sp.cut.org.br/
Fonte: Vanessa Ramos, CUT-SP