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Declaração Conjunta do Sindicato dos Químicos do ABC e Petrol-Is Turquia contra o uso de armas químicas contra o povo

03/07/2013 às 14h43

Entidades desenvolvem um acordo de cooperação

A nota elaborada em conjunto faz parte das ações do acordo de cooperação internacional selado pelo Sindicato dos Químicos do ABC com o Petrol-ls em outubro de 2010 e que irá durar até 2017.

Esse tipo de cooperação técnica – originalmente proposta pelo Sindicato dos Químicos do ABC – está entre as primeiras do gênero no sindicalismo brasileiro e do mundo, por envolver duas organizações de trabalhadores de países em desenvolvimento e de continentes e culturas tão distintas.

Entre os objetivos da cooperação está a troca de informações e experiências, em especial do trabalho com jovens e mulheres e extensão das Redes de Trabalhadores para o continente asiático.

O Petrol-Is possui cerca de 25 mil associados em uma categoria que soma 45 mil trabalhadores em todo a Turquia. O que motivou essa parceria foi a semelhança entre os dois países em diversos aspectos como o perfil da indústria e da categoria química, as condições de trabalho e a disposição de luta para enfrentar as dificuldades.

 

                                                                                                                                                       

                                                                                                                                                                      25 de junho de 2013
 

Declaração Conjunta do Sindicato dos Químicos do ABC e Petrol-Is Turquia a respeito do banimento da produção, exportação e importação e uso de gás lacrimogênio como arma química contra o povo

 
Nós, Sindicato dos Químicos do ABC – CUT Brasil e Sindicato Petrol-Is – Turk-Is da Turquia, considerando a cooperação entre nossas organizações em benefício dos interesses dos trabalhadores de ambos países, declaramos que, como trabalhadores(as) químicos, não aceitamos que as empresas produzam e comercializem qualquer tipo de gases tóxicos. E também não concordamos que as forças de segurança pública de nossos países usem estes gases como armas químicas contra manifestantes pacíficos.
 
Os trabalhadores(as) químicos de ambos os países reconhecem que a produção e expor- tação de gases tóxicos não se dá em benefício dos trabalhadores. O uso indiscriminado de gases químicos de efeito moral nos recentes protestos pacíficos tanto no Brasil como na Turquia é prova evidente desta constatação.
 
Nós, os trabalhadores químicos do Brasil e da Turquia, por meio desta, requeremos às autoridades governamentais competentes e aos fabricantes químicos de ambos os países que não produzam, vendam ou utilizem qualquer tipo de material químico tóxico, tal como gás lacrimogênio e bombas de efeito moral, contra manifestantes pacíficos.
Nós, os trabalhadores das indústrias químicas não queremos ser parte desta violência das forças policiais.
 
Por Petrol-Is
 Mustafa Öztaskin, Presidente
 
Pelo Sindicato dos Químicos do ABC
    Paulo Lage –  Presidente 
 
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