Em nota, CUT se solidariza com as vítimas do massacre na escola de Suzano e critica a cultura da violência estimulada pelos que defendem facilitar o porte de armas, reafirmando o compromisso com a cultura da paz
A CUT vem manifestar sua solidariedade à comunidade escolar e aos familiares das vítimas do massacre ocorrido na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13), que vitimou oito pessoas: cinco estudantes, duas funcionárias e um comerciante.
É preciso que a investigação do crime avance para contribuir na compreensão do caso e, assim, evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer. Contudo, mesmo sem um parecer conclusivo, podemos afirmar desde já que o predomínio da cultura da violência sobre a cultura da paz tem sido um dos fatores responsáveis por diversos assassinatos no país.
Parte importante desta cultura da violência tem crescido recentemente, sendo estimulada inclusive por autoridades que defendem facilitar a posse e o porte de armas pela população como suposta solução para o problema da segurança. Consequentemente, o Estado se isentaria de sua responsabilidade, que assim seria transferida para o âmbito privado e individual.
Ao instituir um verdadeiro “salve-se quem puder”, a proposta enfraqueceria a segurança pública ao invés de aperfeiçoá-la. Sua aplicação significaria que o Estado estaria atestando sua própria incompetência no assunto, não sua eficiência. Além disso, ao invés de diminuir, a disseminação da posse e do porte de armas simplesmente aumentaria as chances de disparos e, portanto, de mais vítimas.
A CUT reafirma seu compromisso com a construção de uma política de segurança pública que promova a cidadania e a cultura da paz e reitera seu repúdio às iniciativas que incentivam o armamento da população e à cultura da violência nelas embutidas.
13 de março de 2019
Executiva da CUT